Produtores exercem pressão, contudo governo não assegura solicitação aos EUA por maior tempo

Setores industriais e do agronegócio nacional solicitam ao governo a negociação da extensão do prazo para a implementação da taxa de 50%.

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(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro dia de reuniões do comitê interministerial criado para formular a resposta brasileira à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a importação de produtos do Brasil, encerrou-se com uma mensagem do setor produtivo ao governo federal: as tarifas são insustentáveis e inviáveis para a indústria e o agronegócio.

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A representação dos dois grupos destacou e pediu ao governo que negocie com os Estados Unidos a extensão do período para o início da aplicação da tarifa, originalmente marcado para 1º de agosto.

Ao longo do dia, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), em duas declarações públicas, não estabeleceu nenhum compromisso nesse sentido.

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Após a primeira reunião, com representantes da indústria, Alckmin declarou que, caso fosse necessário mais tempo para solucionar o impasse “o mais rápido possível”, o governo “trabalharia” para solicitar um prazo adicional.

Desejamos solucionar o problema o mais breve possível. Caso seja necessário, faremos o trabalho para estender o prazo.

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Após a segunda reunião, com o setor agrícola, Alckmin iniciou a entrevista reforçando que a prioridade do governo é resolver a situação até o dia 31, último dia antes da entrada em vigor da tarifa, e que a ideia não é, por ora, solicitar a extensão do prazo.

O diálogo reiterava o compromisso do presidente Lula. Destacou-se a percepção do setor sobre a urgência do prazo. Contudo, a proposta do governo não era a extensão do tempo, mas sim a busca por solucionar a questão até o dia 31. O governo iria trabalhar para tentar resolver isso nos próximos dias.

Após essa declaração, pelo menos três integrantes do setor agrícola argumentaram que o Brasil deveria solicitar formalmente o adiamento, justificando que contratos já celebrados com clientes americanos não poderiam ser honrados caso as tarifas entrassem em vigor em agosto.

Reunião entre governo e empresários

O governo federal deu início, nesta terça-feira (15), a uma série de reuniões com representantes do setor privado para debater alternativas e estratégias de negociação com os Estados Unidos.

Realizaram-se as primeiras reuniões do comitê interministerial constituído pelo governo para definir a posição brasileira sobre a questão.

O objetivo do Planalto é promover o diálogo e o contato dos empresários brasileiros com o mercado dos EUA, buscando alinhar as posições entre os setores público e privado e estabelecer a estratégia de negociação mais adequada.

O vice-presidente defende que, antes de o governo agir, é essencial considerar a opinião do setor privado, que possui contato direto com o mercado americano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu criar o comitê.

As políticas de Trump baseadas em trocas não são o que aparentam.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.

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