A economia da Alemanha registrou uma contração de 0,3% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, devido à desaceleração da demanda dos Estados Unidos após períodos de compras antecipadas em vista das tarifas americanas.
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O Instituto de Estatística revisou na sexta-feira (22) sua leitura preliminar de uma contração de 0,1%, reduzindo ainda mais as perspectivas de uma recuperação sustentável da maior economia da Europa neste ano.
Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do ING, afirmou que se torna cada vez menos provável que uma recuperação significativa se realize antes de 2026.
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A Alemanha é o único país das economias avançadas do G7 sem crescimento nos últimos dois anos e as tensões comerciais podem levá-la a um terceiro ano de recessão na história pós-guerra alemã.
A retomada da economia é uma das principais prioridades do novo governo alemão, sobretudo devido às preocupações de que as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, possam intensificar o sofrimento da economia voltada para a exportação. Uma tarifa básica de 10% dos EUA entrou em vigor em 5 de abril.
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O governo alemão aprovou um “estímulo ao investimento”, que oferece melhores opções de depreciação para as empresas, e prometeu gastos extras com defesa e infraestrutura, além de uma redução no imposto corporativos.
Serão necessárias outras medidas, afirmou o Ministério da Economia.
“O que foi decidido até agora não é suficiente, é necessário mais para tornar a Alemanha competitiva novamente e colocá-la de volta no caminho do crescimento”, declarou um porta-voz do ministério, segundo a Reuters.
A produção industrial, em particular, apresentou um desempenho inferior ao esperado, segundo o escritório de estatísticas.
O consumo das famílias no segundo trimestre foi revisado para baixo, para um aumento de 0,1%, em razão de novas informações disponíveis sobre os setores de serviços.
Os gastos do governo subiram 0,8% em comparação com o trimestre anterior, segundo dados do escritório de estatísticas. O investimento reduziu-se de forma notável no segundo trimestre, com uma queda de 1,4%.
As exportações totais de bens e serviços apresentaram queda de 0,1% em comparação com o trimestre anterior.
Fonte por: CNN Brasil