Procurador-Geral Apresenta Argumentos Fortes Contra Réus em Julgamento do Golpe
Em uma manifestação crucial que antecedeu os votos, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, detalhou a responsabilidade do núcleo 3 no esquema de tentativa de golpe de Estado. O grupo, composto por militares, incluindo os conhecidos “kids pretos”, foi apontado como o principal responsável pela execução dos planos de ruptura institucional.
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A ênfase foi colocada na organização e no planejamento das ações, que visavam, segundo a acusação, a derrubar o então presidente eleito e, em última instância, a instabilidade do país.
Núcleo 3: A Organização da Tentativa de Golpe
O procurador-geral apresentou um quadro claro da estrutura do núcleo 3, que incluía oficiais da ativa e da reserva, todos com especialização em operações táticas. A denúncia da Procuradoria Geral da República aponta que esse grupo foi o responsável pelas ações de campo da tentativa de golpe, que iam desde o monitoramento de autoridades até a proposição de medidas para neutralizar figuras-chave, como o ministro Alexandre de Moraes e o então presidente eleito.
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Pressionando as Forças Armadas e Planejando Ações Extremas
Segundo Gonet, os membros do núcleo 3 não apenas monitoravam as ações de autoridades, mas também buscavam pressionar a alta cúpula do Exército para que aderisse ao plano golpista. Além disso, o grupo estava preparado para usar a força, com o objetivo de prender e, em última instância, eliminar figuras que se opusessem ao projeto.
A acusação detalha a criação de um gabinete de crise, inicialmente no campo informacional, e a proposta de que o Exército brasileiro se comunicasse com os presidentes do Poder Legislativo e Judiciário.
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Documentos Reveladores e Ações Coercitivas
A investigação revelou a existência de um plano detalhado, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía o assassinato do presidente eleito Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal identificou que o arquivo foi criado por Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, e que o plano apresentava características terroristas.
A acusação também destaca ações coercitivas, como o monitoramento de autoridades e o planejamento de ataques contra elas, evidenciando a gravidade das ações do grupo.
