Procedimentos estéticos possuem restrições éticas e físicas, afirma cirurgião

A empresária Natália Cavanellas, de 40 anos, morreu após complicações decorrentes de um procedimento estético realizado no Hospital San Gennaro, em São Paulo. O ocorrido intensifica a discussão sobre a segurança e os limites das intervenções estéticas no país.

O cirurgião plástico Wellerson Mattioli, membro titular da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), ressalta que existem riscos inerentes a qualquer procedimento, mas as complicações se tornam mais prováveis quando há falhas na indicação ou na condução do processo. “Como todo tipo de procedimento, existem riscos, sim. Ela se torna perigosa quando mal indicada ou mal conduzida”, explica.

Três pilares de segurança

Mattioli destaca três pontos cruciais para a segurança em cirurgias plásticas: a saúde do paciente e o controle adequado de doenças preexistentes; o registro e a qualificação técnica do profissional; e a organização do ambiente onde o procedimento será realizado.

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Para avaliar a qualificação do cirurgião, o especialista sugere consultar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A plataforma possibilita localizar profissionais que atendem às normas da entidade e possuem formação adequada.

Limites éticos e funcionais

Quanto às limitações das modificações estéticas, Mattioli ressalta que existem barreiras éticas e funcionais a serem consideradas. “Nós temos essa conversa muito próxima com o paciente e determinamos através da experiência do cirurgião e uma avaliação precisa se essas alterações estéticas desejadas vão ter repercussões funcionais”, afirma.

O especialista ressalta a importância de avaliar os aspectos psicológicos e funcionais do paciente antes de qualquer intervenção, ilustrando que uma operação no nariz pode comprometer a respiração se não for devidamente planejada.

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Fonte por: CNN Brasil