Primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu supera 2 votos de desconfiança e mantém governo minoritário

Sébastien Lecornu preserva governo minoritário em votação acirrada no Parlamento, poucos dias após retomar o cargo.

16/10/2025 12:44

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(Imagem de reprodução da internet).

Primeiro-ministro da França supera votos de desconfiança

O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu (Renascimento, centro), conseguiu manter seu governo minoritário ao vencer duas votações de desconfiança no Parlamento nesta quinta-feira (16.out.2025). As votações ocorreram poucos dias após Lecornu reassumir o cargo.

A proposta apresentada pela França Insubmissa, partido de esquerda liderado por Mathilde Panot, recebeu 271 votos, 18 a menos do que os 289 necessários para derrubar o governo. A segunda moção, do Reagrupamento Nacional, partido de direita de Jordan Bardella, obteve 144 votos. O novo governo enfrenta uma Assembleia dividida entre esquerda, direita e centro, sem uma maioria clara, conforme informações do Guardian.

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Partido Socialista e a sobrevivência do governo

O Partido Socialista (centro-esquerda), sob a liderança de Olivier Faure, foi fundamental para a continuidade do governo. Sua liderança se absteve na primeira votação após Lecornu suspender a reforma da Previdência de Emmanuel Macron (Renascimento, centro), que propunha aumentar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos.

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Durante a sessão, Lecornu alertou os deputados sobre a necessidade de escolher entre discutir o orçamento de 2026 ou provocar instabilidade política com a queda do governo. Apesar disso, sete deputados socialistas desafiaram a posição do partido e votaram pela destituição.

Desafios e reações

Esse episódio ocorre em um momento crítico, já que o governo precisa aprovar o orçamento até 31 de dezembro, um desafio para a segunda maior economia da União Europeia. Panot comentou que “faltaram só alguns votos para derrubar Lecornu e seu governo”.

Faure afirmou que o Partido Socialista tentará modificar o “orçamento injusto”. Por sua vez, o presidente do Reagrupamento Nacional criticou que “uma maioria negociada salvou seus cargos às custas do interesse nacional”. A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet (Renascimento, centro), declarou: “Agora precisamos arregaçar as mangas. O governo terá de buscar diálogo e compromisso durante o debate orçamentário”.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.