Duas horas após o encerramento dos locais de votação, Ishiba declarou à emissora pública NHK que aceitava “apenas” o “resultado final”, afirmando que pe…
A instável coalizão governista do Japão provavelmente perderá o controle da câmara alta, demonstraram as pesquisas de boca de urna após a eleição deste domingo (20), o que pode prenunciar turbulência política à medida que o prazo para a imposição de tarifas dos Estados Unidos se aproxima.
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A votação não determina diretamente se o governo minoritário do primeiro-ministro Shigeru Ishiba cairá, mas aumenta a pressão sobre o líder, que enfrenta dificuldades e também perdeu o controle da câmara baixa – a mais poderosa – em outubro.
O PLD (Partido Liberal Democrático) de Ishiba e seu parceiro de coalizão, Komeito, necessitam de 50 assentos para assegurar a maioria na câmara alta, que possui 248 cadeiras, em uma eleição na qual metade das vagas estava em disputa.
A pesquisa a boca de urna da NHK aponta para uma estimativa de 32 a 51 assentos conquistados.
Outras emissoras projetaram que a coligação governista obteria entre 41 e 43 cadeiras. Caso a coligação perca menos de 4 assentos, seria seu pior desempenho desde sua criação em 1999.
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Isso se junta ao seu pior resultado em 15 anos nas eleições para a Câmara Baixa, em outubro, uma votação que tornou o governo de Ishiba vulnerável a pedidos de suspeição e solicitações de mudança de liderança dentro de seu próprio partido.
Duas horas após o encerramento das urnas, Ishiba declarou à emissora pública NHK que aceitava “apenas” o “resultado final”.
Ele respondeu que sim, pretendia continuar no cargo de primeiro-ministro e líder do partido.
Estamos envolvidos em negociações tarifárias extremamente críticas com os Estados Unidos… jamais devemos prejudicar essas negociações. É natural dedicarmos toda a nossa dedicação e energia à concretização dos nossos interesses nacionais, afirmou ele posteriormente à TV Tokyo.
O Japão, a quarta maior economia do mundo, tem até o dia 1º de agosto para concluir um acordo comercial com os Estados Unidos, sob pena de incorrer em tarifas de 25% em seu principal mercado de exportação.
O principal partido de oposição, o Partido Democrático Constitucional, deve obter entre 18 e 30 cadeiras, das 22 que possuía anteriormente, de acordo com a pesquisa preliminar da NHK.
O partido de extrema-direita Sanseito, surgido no YouTube há alguns anos, chamou atenção com sua campanha “Japão Primeiro” e preocupações sobre uma “invasão silenciosa” de estrangeiros. A expectativa é de que obtenha entre 10 e 15 assentos na Câmara, superior ao que possuía anteriormente, embora tenha apenas três representados na Câmara Baixa.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.