A ação de um motorista, caracterizada por sinais de nervosismo e inconsistências, foi identificada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Boa Vista, Roraima, resultando na apreensão de 103,35 kg de ouro em um compartimento oculto.

O incidente, ocorrido na segunda-feira (4), levou à prisão de Bruno Mendes de Jesus e a investigação do caso pela Polícia Federal (PF).

A fiscalização de rotina que levou à descoberta iniciou-se na Ponte dos Macuxis, na BR-401. Ao abordarem o veículo Hilux, os policiais observaram um comportamento suspeito do motorista.

Bruno Mendes de Jesus justificou sua viagem de Manaus para Boa Vista para fins de fiscalização de uma obra. Ele apenas declarou ser um fiscal de obra, sem fornecer detalhes sobre o nome ou endereço da obra, bem como o nome da empresa responsável, e confirmou não ser engenheiro civil.

A ansiedade e as inconsistências de Bruno motivaram os policiais a conduzirem uma revista veicular. No automóvel, além do condutor, viajavam sua esposa, Suzy Alencar, de 32 anos, e o bebê do casal, com nove meses de idade.

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Na inspeção inicial, os policiais notaram que o painel do veículo, que era novo, exibia sinais de adulteração recentes e incluía um componente não original.

Recolhimento e apreensão.

Em virtude da inexistência de equipamentos para desmontar o painel na estrada e, crucialmente, pela presença de uma recém-nascida e da ausência de um local apropriado para aguardar a finalização da diligência, a equipe da PRF solicitou que Bruno conduziria o veículo até a sede operacional.

Na sede da PRF, utilizando equipamentos específicos, os agentes retiraram o kit multimídia do painel, expondo um compartimento falso. Deste espaço secreto, apreenderam 145 barras grandes e 60 barras pequenas de ouro, totalizando 103,35 kg do metal precioso, com valor superior a R$ 61 milhões.

A apreensão constitui o maior achado de ouro efetuado pela PRF no Brasil. De acordo com o governo federal, as mais de 100 barras de ouro bruto originavam-se em Rondônia e poderiam estar destinadas à Venezuela ou à Guiana.

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Bruno foi detido sob suspeita de cometer crimes previstos nos dispositivos legais nº 9.605/98 (art. 55) e nº 8.176/91 (art. 2º). A investigação está agora a cargo da Polícia Federal do Roraima, que procura identificar a origem, o destino e a propriedade do ouro.

O advogado de Bruno, Smiller Rodrigues de Carvalho, afirmou que seu cliente é um “trabalhador do setor mineral”, “primário”, com “bons antecedentes” e “único responsável pelo sustento da família”. A esposa, Suzy Alencar, confirmou em suas redes sociais que ela e o filho não foram presos. O processo está tramitando na Justiça Federal do Roraima.

Fonte por: CNN Brasil