Em 1998, previsões sobre 2025 revelaram otimismo e pessimismo dos americanos. Descubra como se concretizaram as expectativas de Bill Clinton a Titanic!
No ano de 1998, Bill Clinton enfrentava um processo de impeachment, enquanto Titanic conquistava prêmios no Oscar e a maioria das residências ainda utilizava telefones fixos. Naquele contexto, o instituto Gallup e o jornal USA Today realizaram uma pesquisa com 1.055 americanos, solicitando suas previsões sobre o distante ano de 2025.
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Essas previsões estão agora arquivadas pelo Roper Center, da Universidade Cornell.
Com o final de 2025 se aproximando, é interessante analisar como essas previsões se concretizaram. Algumas se mostraram surpreendentemente precisas. A maioria dos entrevistados previu que, ao longo dos 27 anos seguintes, o país elegeria um presidente negro, que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo se tornariam legais e que uma nova doença mortal surgiria.
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Em 1998, muitos americanos duvidavam que viagens espaciais se tornariam comuns para a população em geral ou que haveria contato com formas de vida alienígena. No entanto, algumas previsões não se concretizaram. Aproximadamente dois terços dos entrevistados acreditavam que o país já teria eleito uma mulher como presidente.
Além disso, mais da metade esperava uma cura para o câncer, e 67% acreditavam que uma catástrofe ambiental ocorreria.
A pesquisa também abordou questões mais subjetivas sobre o futuro do país, revelando um certo pessimismo. Embora 70% dos participantes acreditassem que a qualidade de vida melhoraria para os ricos, a opinião estava dividida em relação à classe média, e a maioria esperava que a vida piorasse para os pobres.
Quase 80% previam que os americanos teriam menos privacidade pessoal, e 57% acreditavam que a liberdade individual diminuiria.
A maioria dos entrevistados também esperava um aumento nas taxas de criminalidade, piora na qualidade ambiental e uma queda nos valores morais. Além disso, 71% afirmaram que seria mais difícil educar os filhos para que se tornassem boas pessoas. Apesar do pessimismo, havia alguns pontos positivos: muitos acreditavam que as relações raciais melhorariam e que o acesso ao atendimento médico se tornaria mais fácil, embora menos econômico.
A Gallup continua a realizar pesquisas, embora com menos foco em telefones fixos. Isso permite observar como a percepção dos americanos sobre o país evoluiu nos últimos 27 anos. Em 1998, cerca de 60% dos entrevistados estavam satisfeitos com o rumo dos Estados Unidos, enquanto hoje esse número caiu para 24%.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.