Presidiários produzem mais de 50 mil mudas para a COP30 em Belém

Novo projeto no sistema penitenciário do Pará integra ações de ressocialização com a temática ambiental da conferência internacional.

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(Imagem de reprodução da internet).

Com 100 dias da COP30, a ser realizada em Belém (PA), detentos da Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto (URRS), em Santa Izabel do Pará, produzem mais de 50 mil mudas de plantas para ações ambientais durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas.

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A iniciativa integra um projeto de ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária do Pará (Seap), que emprega atividades agrícolas como foco principal para a reintegração de Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs). A proposta contempla a capacitação técnica, a criação de oportunidades de trabalho e o incentivo ao retorno à sociedade com novas habilidades profissionais.

Atualmente, 30 internos desenvolvem atividades agropecuárias na unidade, que abrangem o cultivo de hortaliças, frutas, plantas ornamentais e a criação de animais. Uma parcela da produção mensal, podendo atingir até 12 mil mudas, abastece projetos socioambientais parceiros, com ênfase em espécies como açaí e plantas de reposição florestal.

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Para atingir a meta relacionada à COP30, está em andamento a construção de um novo viveiro, com mais de 60% da obra já concluída. Quando finalizado, ele deverá se tornar um dos maiores da América Latina no sistema prisional. A estrutura foi planejada para ampliar a produção de mudas e atender às demandas da conferência e de futuras ações ambientais da Seap.

A seleção para formar os internos considera aspectos biopsicossociais, segurança e experiência anterior na área agrícola. Isso facilita a adaptação e eleva a eficiência do trabalho, explica Raimundo Gomes, coordenador de trabalho e produção da URRS. Segundo ele, a unidade já está em processo de seleção para preencher mais 20 vagas de custodiados.

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A formação profissional dos estagiários é assegurada por meio de parcerias com instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Senai e as secretarias de Meio Ambiente de Belém e Castanhal. Os cursos abrangem o preparo de mudas, compostagem, produção de adubo e técnicas de plantio.

O engenheiro agrônomo Lincon Stephano acompanha o trabalho de campo e orienta tecnicamente os detentos. “A intenção é que eles saiam preparados para atuar fora do sistema prisional, aplicando o que aprenderam em suas comunidades”, afirma.

Um dos envolvidos no projeto é Gleidson Vale Corrêa, que já possuía experiência com agricultura antes de ser detido. Na unidade, adquiriu técnicas como a produção de adubo orgânico e almeja aplicá-las quando estiver em liberdade. “Desejo deixar este local como profissional. Isso me ajudará muito, para que a sociedade nos veja de outra maneira”, afirma.

A COP30 ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na capital paraense. Trata-se da primeira vez que o Brasil acolhe o evento da ONU sobre mudanças climáticas. Estima-se que a conferência atraia mais de 40 mil participantes de diversos países.

Fonte por: CNN Brasil

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