Os líderes do Camboja e da Tailândia se encontrarão na Malásia na próxima segunda-feira (28) para debater o aumento do conflito na fronteira contestada, informou a agência de notícias estatal da Malásia, citando Mohamad Hasan, o ministro das Relações Exteriores do país.
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O ministro Hasan declarou que o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, e o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, viajarão para a Malásia na segunda-feira (28), segundo a agência de notícias estatal.
Na sábado (26), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter telefonado aos chefes de Estado das duas nações para defender a necessidade de um cessar-fogo.
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A ligação com o Camboja foi interrompida, mas se espera que ela retorne em relação à interrupção da guerra e ao cessar-fogo, conforme o que a Tailândia tiver a dizer. Estou tentando simplificar uma situação complexa, escreveu Trump em sua rede social, acrescentando que a ligação para o líder tailandês está sendo feita momentaneamente.
Compreenda a disputa entre Tailândia e Camboja.
Vietnã e Camboja têm mantido uma relação complexa de cooperação e rivalidade nas últimas décadas.
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Os países possuem uma fronteira terrestre com 817 quilômetros. A demarcação foi realizada pela França, que exercia controle sobre o Camboja como colônia.
A divisão gerou uma disputa antiga que abrange regiões com locais históricos e templos, sobre os quais os dois países reivindicam a propriedade.
O Camboja já havia procurado uma decisão da Corte Internacional de Justiça da ONU sobre áreas em disputa, incluindo o local do mais recente confronto.
A Tailândia não aceita a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça, argumentando que certas áreas ao longo da fronteira nunca foram completamente definidas, incluindo os sítios de diversos templos antigos.
Em 2011, forças tailandesas e cambojanas entraram em confronto numa área próxima ao templo Preah Vihear, do século XI, um patrimônio mundial da Unesco, causando o deslocamento de milhares de pessoas de ambos os lados e resultando em pelo menos 20 mortes.
Fonte por: CNN Brasil