O presidente dos Estados Unidos assinou os documentos que detalham as tarifas a serem aplicadas aos países.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter assinado cartas para 12 países detalhando os diferentes níveis de tarifas que eles suportariam sobre os produtos que exportam para os Estados Unidos, com propostas de “pegar ou largar” a serem enviadas na segunda-feira (7).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ao se deslocar para Nova Jersey a bordo da Air Force One, Trump se recusou a citar os países envolvidos, afirmando que essa informação seria divulgada na segunda-feira (7).
Na quinta-feira (3), Trump informara aos jornalistas que previa o envio de uma primeira remessa de cartas na sexta-feira (4), um feriado nacional nos Estados Unidos, ainda que a data tivesse sido alterada.
Em meio a uma disputa comercial internacional que impactou os mercados financeiros e motivou esforços de políticas para salvaguardar as economias, Trump implementou em abril uma taxa básica de 10% e valores complementares para a maioria dos países, com valores máximos de até 50%.
Contudo, todas as tarifas, com exceção da taxa básica de 10%, foram posteriormente suspensas por 90 dias para permitir mais tempo às negociações e assegurar acordos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Este período encerra-se em 9 de julho, ainda que Trump tenha declarado na sexta-feira (4) que as tarifas poderiam ser ainda mais elevadas – variando até 70% – com a maioria delas entrando em vigor em 1º de agosto.
“Assinei alguns documentos e eles serão enviados na segunda-feira, provavelmente no dia 12”, declarou Trump, quando questionado sobre seus planos em relação às tarifas. “Quantias diferentes de dinheiro, diferentes tarifas.”
Trump e seus principais assessores afirmaram inicialmente que lançariam negociações com diversos países sobre as tarifas, porém o presidente dos EUA perdeu ânimo com esse processo após repetidos contratempos com parceiros comerciais importantes, como Japão e União Europeia.
Ele mencionou essa questão rapidamente na sexta-feira (4), declarando aos repórteres: “As cartas são melhores… É muito mais fácil enviar uma carta”.
Ele não considerou sua previsão de que certos acordos comerciais mais abrangentes poderiam ser concluídos antes do dia 9 de julho.
A alteração na estratégia da Casa Branca reflete os desafios de finalizar acordos comerciais, incluindo tarifas e barreiras não tarifárias, como a proibição de importações agrícolas, e sobretudo em um ritmo acelerado.
A maioria dos acordos comerciais anteriores demandou anos de negociações para sua conclusão.
Os únicos acordos comerciais celebrados até o momento foram com o Reino Unido, que alcançou um acordo em maio com uma taxa de 10% e recebeu tratamento preferencial em alguns setores, como automotivos e motores de aeronaves, e com o Vietnã, diminuindo as tarifas sobre diversos produtos vietnamitas para 20%, em vez dos 46% que haviam sido inicialmente ameaçados. Diversos produtos americanos poderiam ingressar no Vietnã sem tributos.
O acordo esperado com a Índia não se concretizou, e os diplomatas da União Europeia afirmaram, na sexta-feira (4), que não obtiveram progresso nas negociações comerciais com o governo Trump, e agora podem tentar manter o status quo para evitar o aumento de tarifas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.