Presidência do Chile: Jeannette Jara e José Antonio Kast vão para o segundo turno decisivo!

A definição da Presidência do Chile entre 2026 e 2030 aguarda novo turno. Jeannette Jara e José Antonio Kast avançam após eleições acirradas

22/11/2025 16:52

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(Imagem de reprodução da internet).

Definição da Presidência Chilena Aguardará Novo Turno

A escolha de quem assumirá a Presidência do Chile entre 2026 e 2030 terá que aguardar mais um mês. Jeannette Jara, representante da coalizão de esquerda, e José Antonio Kast, avançarão para o segundo turno após serem os candidatos mais votados nas eleições realizadas no último domingo (16).

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Com 99,6% das urnas contabilizadas por volta das 18h desta segunda-feira (17), Jara obteve 26,9% dos votos, enquanto Kast alcançou 23,9%, conforme os resultados preliminares do Serviço Eleitoral do Chile (Servel). Um levantamento da Plaza Pública Cadem, no final de outubro, previa que Jara receberia 30% e Kast 22%.

No entanto, Jara não atingiu essa expectativa, enquanto Kast a superou.

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Apoios e Alianças no Segundo Turno

Após a divulgação dos resultados, Kast rapidamente recebeu o apoio de Johannes Kaiser, do Partido Nacional Libertário (13,93%), e Evelyn Matthei, da União Democrática Independente (12,56%). Essa união pode ampliar a margem de votos no segundo turno, já que Kaiser e Matthei juntos somaram cerca de 50% dos votos no domingo (16).

Analistas destacam que a formação de alianças será crucial nesta eleição. O avanço de Jara e Kast pode ser atribuído à fragmentação dos votos e aos extremos que ambos representam. A participação de oito candidatos dificultou a obtenção de uma vitória no primeiro turno, onde era necessário mais da metade dos votos.

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Desafios e Preocupações dos Eleitores

Agora, Jara e Kast se apresentam como opções opostas no espectro político. Um aspecto considerado vital para o segundo turno é a capacidade de cada candidato em abordar as preocupações mais urgentes dos eleitores, como segurança pública, imigração e economia.

Dados oficiais mostram que, entre 2023 e 2024, o número de vítimas de crimes no Chile aumentou em 10,8%. Em relação à economia, o crescimento projetado para 2024 é de apenas 2,6%, um índice insuficiente para gerar os empregos necessários e melhorar a qualidade de vida da população.

Luz Araceli González, professora de Relações Internacionais do Tecnológico de Monterrey, comentou que a situação do Chile reflete uma tendência global de polarização política. “O Chile exemplifica essa polarização que observamos mundialmente, entre a desilusão com o modelo democrático e a ascensão de governos mais à esquerda, que também enfrentam dificuldades em resolver os problemas”, afirmou.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.