Preocupações com a Liquidação do Banco Master
Especialistas do setor financeiro estão alarmados com a forma como o Poder Judiciário tem tratado o caso do Banco Master. A autarquia reguladora do sistema financeiro está enfrentando desafios para manter a liquidez da instituição, que tentou revender ativos sem lastro para preservar seus recursos.
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Na última semana, o ministro Jhonatan de Jesus, do TCU (Tribunal de Contas da União), solicitou que o Banco Central apresente os fundamentos técnico-jurídicos da liquidação. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de Política Monetária do BC e atual presidente do Conselho de Administração da JiveMauá, considera os questionamentos levantados como “fora de propósito”.
Decisões do Banco Central e Conflitos de Versão
Figueiredo enfatiza que as decisões do Banco Central não são tomadas de forma isolada, mas sim após análise e aprovação de várias partes envolvidas. Entre os envolvidos estão Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília).
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O objetivo do confronto de versões é esclarecer divergências sobre a suposta fraude na venda do Banco Master ao BRB. Figueiredo questiona a necessidade da acareação, afirmando que “não há razão material” para tal procedimento. Ele argumenta que, se fosse necessário, todos os nove diretores deveriam ser convocados.
Implicações da Liquidação para o Mercado
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou na quarta-feira (24) que a acareação neste estágio da investigação é “prematura”. Figueiredo sugere que há “razões políticas” por trás da interferência judicial, lembrando que casos anteriores de liquidação extrajudicial não receberam a mesma atenção do Judiciário.
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Se a liquidação do Banco Master for contestada e revertida, especialistas em gestão de riscos corporativos alertam que isso poderia gerar um cenário “extremamente preocupante”, minando a confiança no arcabouço regulatório do Brasil. Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime Investimentos, destaca a seriedade da decisão de liquidação, afirmando que tal reversão poderia criar incertezas no sistema financeiro nacional.
