Prêmios Nobel: 5 avanços científicos ignorados que mereciam o reconhecimento
Prêmios Nobel de 2025: Anúncio e entrega dos troféus ocorrem entre outubro e dezembro, com data definida para 10 de dezembro.
Prêmios Nobel: Avanços Científicos que Moldam o Futuro
Os prêmios Nobel em Química, Física, Medicina e Literatura, além do Prêmio Nobel da Paz, são reconhecimentos anuais que celebram as maiores conquistas científicas e literárias do mundo. Estabelecidos por Alfred Nobel há mais de um século, esses prêmios representam o ápice das realizações científicas, e a previsão de quem receberá o prestigioso reconhecimento é, em grande parte, uma questão de palpites.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tratamentos Inovadores para Obesidade
Um dos avanços mais notáveis que podem ser considerados para o Prêmio Nobel é o desenvolvimento de medicamentos que revolucionaram o tratamento da obesidade. A descoberta de peptídeos semelhantes ao glucagon-1 (GLP-1), como a semaglutida, abriu um novo caminho no tratamento da doença. A obesidade, que afeta cerca de uma em cada oito pessoas no mundo, tem mais que dobrado sua incidência desde 1990, e esses medicamentos, que reduzem o açúcar no sangue e inibem o apetite, oferecem uma nova esperança para milhões de pessoas.
O trio de cientistas – Svetlana Mojsov, Dr. Joel Habener e Lotte Bjerre Knudsen – que desenvolveu o medicamento, recebeu o Prêmio Lasker-DeBakey de Pesquisa Médica Clínica de 2024. Mojsov, bioquímico e professor associado de pesquisa na Universidade Rockefeller, e Habener, endocrinologista e professor de medicina na Escola Médica de Harvard, ajudaram a identificar e sintetizar o GLP-1. Knudsen, consultor científico chefe em pesquisa e desenvolvimento inicial na Novo Nordisk, desempenhou um papel fundamental em transformá-lo em um medicamento eficaz na promoção da perda de peso.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Pioneiros da Computação Quântica
Outro campo que pode ser considerado para o Prêmio Nobel é a computação quântica. David Pendlebury, chefe de análise de pesquisa no Instituto de Informação Científica da Clarivate, identifica indivíduos “dignos do Nobel” analisando a frequência com que colegas cientistas citam seus principais artigos científicos ao longo dos anos.
Pendlebury destaca dois físicos, David P. DiVincenzo, professor do Instituto de Informação Quântica da Universidade RWTH Aachen, na Alemanha, e Daniel Loss, professor de física teórica na Universidade de Basileia, na Suíça, por seu trabalho em bits quânticos, ou qubits, a unidade básica de informação usada para codificar dados na computação quântica.
Leia também:
Google Lens: Descubra Funcionalidades e Dicas para Usar no Smartphone e Computador
Como Capturar a Tela no PC, Notebook e Smartphone: Dicas e Métodos Práticos
Cientistas Registram Pela Primeira Vez Ruptura de Placa Tectônica na Placa Juan de Fuca
Encontrando um Tratamento para a Fibrose Cística
A pesquisa que leva a tratamentos para a fibrose cística também pode ser considerada. A Make-A-Wish Foundation anunciou que a doença genética não era mais automaticamente uma condição qualificada para crianças com doenças fatais que ela busca ajudar.
Três cientistas ajudaram a desenvolver o tratamento, que causa um excesso de muco, aprisionando infecções e bloqueando as vias aéreas nos pulmões. O Dr. Michael J. Welsh, professor de medicina interna pulmonar, terapia intensiva e medicina ocupacional na Universidade de Iowa, revelou como funciona a proteína que causa essa doença genética letal e o que pode dar errado em pessoas com a doença.
Compreendendo o Microbioma Intestinal
A pesquisa sobre o microbioma humano também pode ser considerada. Trilhões de micróbios – bactérias, vírus e fungos – vivem no corpo humano, conhecidos coletivamente como microbioma humano.
Pendlebury disse que essa é outra área que há muito tempo precisava receber o reconhecimento do Nobel. O biólogo Dr. Jeffrey Gordon, professor universitário distinto Dr. Robert J. Glaser na Universidade Washington em St. Louis, é um pioneiro na área.
Sequenciamento de DNA de Última Geração
Um candidato frequentemente discutido para o Prêmio Nobel é o mapeamento do genoma humano, um projeto audacioso lançado em 1990 e concluído em 2003. Decifrar o código genético da vida humana envolveu um consórcio internacional de milhares de pesquisadores nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e China.
Na mesma linha, Pendlebury disse que era possível que o comitê do Nobel reconhecesse o trabalho dos químicos Shankar Balasubramanian e David Klenerman, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do biofísico francês Pascal Mayer, da Universidade de Estrasburgo, por seu trabalho em tecnologias de sequenciamento de última geração que podem decodificar milhões de fragmentos de DNA de uma só vez.
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












