O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, declarou nesta quarta-feira (12) que o sistema de monitoramento Smart Sampa não inclui mais as imagens dos dias anteriores a 14 de maio, período em que indivíduos da Cracolândia desapareceram após uma operação policial no centro da capital.

O incidente ocorreu em 12 de maio e provocou grande repercussão. Na ocasião, policiais militares e da Guarda Civil Metropolitana conduziram uma operação conjunta na área, e informações indicaram o desaparecimento de usuários de drogas. Em razão disso, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo entrou com uma ação civil pública solicitando a preservação das imagens das câmeras de segurança.

Em 20 de maio, o Judiciário ordenou que a prefeitura preservasse integralmente todas as imagens das operações na Cracolândia entre os dias 11 e 19 de maio, sob risco de multa diária no valor de R$ 5 mil. A determinação visava assegurar a investigação de eventuais violações de direitos cometidas durante as abordagens dos agentes públicos.

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Apesar da decisão, Nunes afirmou nesta quarta-feira que o sistema passou a armazenar os registros a partir de 14. “As imagens não existem mais. Elas são automaticamente sobrescritas após um tempo. O sistema só preserva se houver uma solicitação dentro do prazo”, declarou o prefeito em entrevista coletiva.

A Defensoria Pública ainda não se pronunciou oficialmente em relação ao possível descumprimento da ordem judicial.

A operação e o sumiço de indivíduos permanecem sob investigação do Ministério Público de São Paulo.

Fonte por: CNN Brasil