Preços para produtores brasileiros registraram a maior queda em quase dois anos em maio

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 1,29%, após uma redução de 0,12% em abril, representando a quarta taxa negativa consecutiva, suc…

04/07/2025 14:38

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(Imagem de reprodução da internet).

A queda dos preços para o produtor no Brasil acelerou em maio, atingindo o maior declínio desde junho de 2023, com essa tendência se estendendo por grande parte da indústria, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (4).

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Em maio, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 1,29%, após uma queda de 0,12% em abril, representando a quarta taxa negativa seguida após uma série de 12 resultados positivos em sequência. O resultado elevou o índice acumulado em 12 meses a um aumento de 5,78%.

A redução dos preços de diversas commodities no mês e o consequente impacto na cadeia produtiva, influenciando os preços em diversos setores, são os dois pontos principais que explicam esse resultado, afirmou Murilo Alvim, gerente da pesquisa no IBGE.

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A desvalorização do dólar em relação ao real também diminui os custos em alguns setores e, consequentemente, reduz o preço de produtos comercializados em dólar. Isso auxilia na compreensão dos resultados negativos dos últimos meses.

O IBGE identificou 17 das 24 atividades inspecionadas com redução de preços, sendo os setores de alimentos (-0,34 ponto percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 p.p.), outros produtos químicos (-0,26 p.p.) e metalurgia (-0,23 p.p.) os que mais influenciaram essa tendência.

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O setor de alimentos registrou queda de 1,33% em maio, após avançar 1,52% no mês anterior, devido à redução dos preços de commodities como a cana-de-açúcar e a soja, em período de safra, o que eleva a oferta desses produtos, conforme Alvim.

Entre as principais categorias econômicas, os preços de bens de capital apresentaram redução de 0,02%, bens intermediários registraram queda de 2,37% e bens de consumo duráveis (BCD) mantiveram-se estáveis.

O IPP avalia a variação nos preços de produtos, considerando o valor na “porta da fábrica”, ou seja, sem incluir impostos ou frete, em 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

O Brasil ocupa a segunda maior taxa de juros reais do mundo, após o aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.