Investidores focam em dados de inflação PCE divulgados na sexta-feira (26) e impacto nas decisões do Fed.
O ouro encerrou a quarta-feira (24) com queda, interrompendo uma sequência de recordes nas três sessões anteriores. A pressão veio de um dólar americano mais forte, consequência das declarações cautelosas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em relação a novos cortes nas taxas de juros.
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Na Comex, divisão de metais da Nymex, o ouro com vencimento em dezembro registrou uma queda de 1,24%, fechando a US$ 3.768,10 por onça-troy, após atingir a mínima do dia em US$ 3.764,50. A prata também apresentou retornos, caindo para US$ 44,19 por onça-troy, após bater um nível de 14 anos na terça-feira.
As declarações de Jerome Powell, durante o discurso sobre o futuro da política monetária dos EUA, enfatizaram o arrefecimento do mercado de trabalho e alertaram sobre o aumento do mercado acionário, influenciando a decisão dos investidores.
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O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que Powell já deveria ter sinalizado um corte acumulado de 100 a 150 pontos-base para as próximas reuniões de 2025 e 2026, gerando incertezas no mercado.
Apesar das perdas na sessão, os preços do metal dourado estão em rumo de seu maior rali anual desde 1979, após ultrapassarem a marca de US$ 3.800 por onça-troy, segundo a Saxo.
Analistas destacam que a velocidade do movimento demonstra a superficialidade das correções recentes, com novas compras sendo encontradas, indicando um suporte macroeconômico mais amplo, em vez de apenas especulação.
De forma similar, os futuros da prata podem subir para US$ 46 a onça-troy, ou até mais, até o segundo trimestre de 2026, impulsionados pela demanda por refúgio seguro e uma forte relação inversa com o dólar, conforme a Commonwealth Bank of Austrália.
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.