O governo português divulgou, neste sábado 2, um aviso preventivo em razão do alto risco de incêndios causado pela onda de calor que afeta a maior parte do território continental. Lisboa e Porto estão menos impactadas, porém com risco moderado. A restrição terá início no domingo 3 e persistirá até quinta-feira 7.
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A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou a decisão, alertando para as altas temperaturas e a baixa umidade previstas para os próximos dias. “A próxima semana será difícil”, declarou a ministra.
Portugal já enfrenta uma série de incêndios florestais, com centenas de bombeiros mobilizados para combater focos em várias regiões. Desde o início do ano, mais de 25 mil hectares foram consumidos pelo fogo no país, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis).
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A ministra afirmou que o estado de alerta possibilita a implementação de medidas extraordinárias para salvaguardar as florestas e as áreas rurais. Dentre as restrições, estão a proibição de acesso e circulação em espaços florestais e a suspensão de queimadas, além da proibição de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos. “Estas proibições contemplam algumas exceções muito específicas, devidamente regulamentadas”, ressaltou.
A representante do governo também assegurou que todos os equipamentos de combate a incêndio estão disponíveis e em operação, com ênfase na vigilância e fiscalização por parte da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública e das Forças Armadas. “Solicito que confiemos em nossos bombeiros e autoridades, que estão desempenhando um trabalho notável”, declarou.
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É melhor prevenir do que remediar.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiou a decisão do governo, destacando que “é melhor prevenir do que remediar”, em um período que se prevê “muito difícil”.
Com a declaração do estado de alerta, as autoridades adquirem poderes mais amplos para restringir atividades de risco, reforçando a mensagem de que “ninguém pode alegar que não foi prevenido”, afirmou o presidente.
Atualmente, a maior parte dos distritos das regiões Norte, Centro e Algarve encontra-se sob risco máximo de incêndio, conforme o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Apenas algumas regiões no litoral do país, incluindo os distritos de Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro, registram risco moderado de incêndio, apesar das temperaturas estarem elevadas.
A temperatura em Lisboa pode atingir 35 °C neste domingo.
Fonte por: Carta Capital