Por que Moraes ordenou que Tarcísio fosse notificado após seu depoimento na ação do golpe

A decisão se originou de uma conversa entre o ministro do STF e o advogado de um dos envolvidos no esquema criminoso.

16/07/2025 19:37

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Por que Moraes ordenou que Tarcísio fosse notificado após seu depoimento na ação do golpe
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes informará o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após uma declaração do advogado Jeffrey Chiquini, representante de Filipe Martins, réu na ação sobre a tentativa de golpe de Estado.

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Chiquini indagou ao tenente-coronel Mauro Cid, em audiência na segunda-feira 14, se Tarcísio esteve com Martins em uma reunião no Palácio da Alvorada, em 2022, na qual foi tratado o documento conhecido como minuta do golpe.

Moraes reiterou que o governador não está sendo investigado e que o advogado proferiu uma insinuação. “Não estou insinuando nada, não coloque palavras na minha boca”, retrucou Chiquini.

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O caso retornou à tona nesta quarta-feira, no momento em que Chiquini interrogava o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, sobre as tropas de prontidão no dia da invasão aos prédios dos Três Poderes.

“Juiz, quando os culpados chegaram, porque não são vândalos, são golpistas, inclusive já condenados, as imagens são muito claras. O senhor deveria ter acompanhado”, disse Moraes, ao interromper o advogado.

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Chiquini, então, questionou Moraes: “Quais imagens? Aquelas que desapareceram ou aquelas disponíveis de forma seletiva?”

“Você está acusando alguém de ter feito as imagens desaparecerem?”, contestou Moraes. Chiquini alegou ter proferido uma afirmação genérica. “Porque eu já estou oficiando o governador Tarcísio para informar das suas acusações de ontem. O senhor quer que eu informe mais alguma autoridade sobre suas acusações?”, completou o ministro.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.