Jornalistas da Al Jazeera, Anas Al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, morreram, juntamente com três outros colegas, em um ataque aéreo israelense no domingo. Palestinos participaram do funeral na segunda-feira (11).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O bombardeio foi criticado por profissionais da imprensa e organizações de defesa dos direitos humanos.
O exército israelense afirmou ter atacado e eliminado Anas Al-Sharif, afirmando que ele comandava uma célula do Hamas e participava de ataques com mísseis contra Israel.
LEIA TAMBÉM!
A Al Jazeera, financiada pelo governo do Catar, negou a alegação e, antes de sua morte, Al-Sharif também a rejeitou.
Sharif, com 28 anos, fazia parte de um grupo de quatro jornalistas da Al Jazeera e um auxiliar que faleceram em um ataque aéreo a uma barraca próxima ao Hospital Al-Shifa, no leste de Gaza, informaram autoridades de Gaza e a Al Jazeera. Um responsável do hospital afirmou que mais duas pessoas também perderam a vida no ataque.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O repórter freelancer Mohammad Al-Khaldi, um sexto jornalista, também foi morto no ataque, informaram médicos do Hospital Al Shifa na segunda-feira (11).
A Al Jazeera considerou Al-Sharif “um dos jornalistas mais corajosos de Gaza” e afirmou que o ataque foi “uma tentativa desesperada de silenciar vozes em antecipação à ocupação de Gaza”.
Os demais jornalistas falecidos foram Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, informou a Al Jazeera.
O ataque deliberado a jornalistas na Faixa de Gaza demonstra que esses atos ultrapassam qualquer expectativa.
A agência de direitos humanos da ONU condenou o assassinato dos jornalistas, afirmando que as ações das forças militares israelenses constituíram uma “grave violação do direito internacional humanitário”, ao mesmo tempo em que os palestinos relataram os bombardeios mais intensos em semanas.
Al-Sharif integrou uma equipe da Reuters que, em 2024, recebeu o Prêmio Pulitzer na categoria Fotografia de Notícias de Última Hora em decorrência da cobertura do conflito entre Israel e o Hamas.
Anticipadamente, uma organização de defesa da liberdade de imprensa e um especialista das Nações Unidas alertaram que a vida de Al-Sharif corria risco em razão de suas reportagens sobre Gaza. A relatora especial da ONU, Irene Khan, declarou no mês passado que as acusações feitas por Israel contra ele eram infundadas.
Fonte por: CNN Brasil