Ponte aérea Rio-SP sofre atraso de 15% e companhias precisam ‘improvisar’ soluções
Atrasos na principal rota do Brasil revelam limite de capacidade do aeroporto paulistano e geram preocupação no setor aéreo.
Ponte Aérea Rio-São Paulo Enfrenta Aumento no Tempo de Voo
A ponte aérea Rio-São Paulo, a principal rota do Brasil, passou a ter um aumento de 15% no tempo de viagem desde que o aeroporto de Congonhas atingiu níveis críticos de ocupação. O trajeto, que antes levava 58 minutos, agora consome 1 hora e 7 minutos, resultando em um acréscimo de 9 minutos por voo.
A superlotação do terminal em São Paulo, situado em uma área urbana com espaço limitado, provoca atrasos nas manobras de estacionamento, decolagem e embarque de passageiros. Assim, qualquer imprevisto gera um efeito dominó de atrasos ao longo do dia, pois não há margem de tempo para lidar com contratempos.
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Impacto nas Companhias Aéreas
De acordo com um levantamento do Valor Econômico, o impacto operacional é significativo, levando as companhias aéreas a alocarem uma aeronave extra para compensar o tempo perdido e manter a frequência de partidas na rota. Esse ajuste representa um custo adicional de milhões de dólares para as empresas.
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Perspectivas Futuras
A situação, que já é complicada, tende a se agravar a partir de 26 de outubro, quando a Voepass liberará 20 horários de pouso e decolagem em Congonhas para outras companhias. Esses slots disputados serão redistribuídos, aumentando ainda mais o volume de operações em um aeroporto já saturado.
Embora haja obras em andamento para melhorar a infraestrutura, a expectativa é que o terminal opere no limite de sua capacidade física nos próximos meses.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.