Políticos brasileiros alvos de sanções dos EUA: Moraes, Messias e aliados em destaque

Esposa e assessores de Alexandre de Moraes, além do ministro da AGU Jorge Messias, são alvos de novas retaliações do governo Trump.

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(Imagem de reprodução da internet).

Políticos Reagem a Sanções Magnitsky à Esposa de Moraes e Visão do Governo Trump

Na segunda-feira, 22 de setembro de 2025, diversos políticos reagiram às sanções Magnitsky aplicadas à esposa e sócia do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci Moraes, e à revogação do visto americano do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, pelo governo de Donald Trump. As reações refletem diferentes perspectivas sobre o caso e suas implicações.

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Deputados da oposição, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), comemoraram as sanções contra aliados do governo e pessoas próximas ao relator do caso que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Já parlamentares governistas criticaram as medidas, classificando-as como “agressão injusta” e “incompatível com 200 anos de relações entre Brasil e Estados Unidos”, conforme afirmou Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do governo na Câmara.

Reações Individuais dos Políticos

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o governo Trump está “limpando a sujeira deixada para trás pelo seu antecessor”, e que as sanções refletem o fim do “apoio logístico, financeiro e moral” que, segundo ele, o governo Biden teria dado a Moraes e seus aliados. “Isso tudo só aconteceu, pois à época havia pleno apoio logístico, financeiro e moral dos EUA (governo Biden) a Moraes e seus cúmplices. O que o governo @realDonaldTrump está fazendo é limpar a sujeira deixada para trás pelo seu antecessor”.

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Gustavo Gayer (PL-GO) comentou nas redes que os EUA “estão indo pra cima de todos que ajudaram Moraes”. “Rapaz, os EUA estão com sangue nos olhos! Estão indo pra cima de todos que ajudaram Moraes”, disse o deputado federal Gustavo Gayer, através das redes sociais.

Alexandre Ramagem (PL-RJ) condenou as sanções como “abusos de poder da justiça brasileira no cenário internacional” e servindo para “encerrar o sistema autoritário de instrumentalização política da justiça”. “A justiça brasileira sendo condenada no cenário internacional por reiterado abuso de poder. As sanções são previstas igualmente a colaboradores, facilitadores, financiadores e refúgios financeiros de violadores de direitos humanos declarados mundialmente. Levas de sanções… pic.twitter.com/4c58vuUtm6

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Lindbergh Farias (PT-RJ) solidificou-se com Messias e classificou as sanções como uma “agressão injusta”, afirmando que quem celebra as medidas assume o papel de “traidor da Pátria”. “Toda solidariedade ao ministro @jorgemessiasagu. As sanções unilaterais dos EUA são uma agressão injusta, incompatível com a história de 200 anos de relações entre nossos países. Atacar um advogado público por exercer a defesa de seu cliente é violar os princípios fundamentais… pic.twitter.com/y6KqGwqxDB

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, criticou as sanções, chamando-as de “retaliação ao julgamento em que o STF condenou os golpistas” e acusou a família Bolsonaro de conspirar contra o Brasil. “A conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil não para: agora o governo Trump aplicou as sanções da Magnotsky a Viviane Barci, mulher do ministro Alexandre de Moraes, como retaliação ao julgamento em que o STF condenou os golpistas. É impressionante: atacam o Judiciário e…

Marcelo Freixo, também se manifestou e disse que ministro e a esposa são “vítimas” de uma “perseguição imoral e indecente” do presidente estadunidense, Donald Trump. “Toda minha solidariedade a Alexandre de Moraes e sua esposa Viviane, vítimas de uma perseguição imoral e indecente de Donald Trump, que não aceita o fato de o Brasil ser um país soberano.”

Conclusão

As diversas reações políticas demonstram a polarização em torno do caso, com diferentes interpretações sobre as sanções Magnitsky e suas motivações. A disputa se concentra na defesa da independência do judiciário brasileiro e na contestação de ações consideradas como retaliação política.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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