A defesa da família de Cezar Maurício, servidor público federal em Santa Catarina, alega que uma “série de equívocos graves e inaceitáveis” resultou na …
Um dentista e servidor público federal de Santa Catarina faleceu no último sábado (19), segundo a família, após policiais militares terem confundido um infarto com embriaguez ao volante, recusando atendimento à vítima.
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Na sexta-feira (18), o homem, identificado como Cezar Maurício Ferreira, sofreu um acidente de carro em São José, na Região Metropolitana de Florianópolis, e, por conta de “indícios de que estaria dirigindo sob efeito de álcool”, os agentes o levaram à Central de Plantão Policial da cidade.
Contudo, o advogado Wilson Knöner, que representa a família, alega que Cezar sofreu um mal súbito ao dirigir, perdendo a consciência e, por consequência, causando o acidente. Adicionalmente, os agentes no local confundiram os sintomas de infarto, como a desorientação e a respiração alterada.
Significa que a versão sobre suposta embriaguez ao volante se baseou em um mero achismo subjetivo, sem qualquer respaldo técnico dos policiais, que confiaram em sua vivência policial para interpretar sinais flagrantes de infarto em andamento. Inclusive, os policiais divergiram entre si sobre os supostos sinais externos de embriaguez, e nem entre os policiais militares que realizaram a ocorrência houve harmonia nas versões que apresentaram.
Após ser detido, a vítima foi conduzida a uma cela da delegacia e encontrou-se morta na manhã de sábado (19).
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Na terça-feira, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, onde o dentista também atuava como servidor público, expressou condolências pela perda e declarou que a vítima deixou um legado de “respeito, empatia e um carinho especial pelos colegas da equipe”.
Ainda em nota, o TRT declarou que acompanhará o caso atentamente, confiando que os órgãos competentes conduzam a apuração dos fatos com a devida celeridade e rigor, para que sejam esclarecidas todas as responsabilidades.
Ele estava divorciado e possui dois filhos, Allan, com 32 anos, e Gabriel, de 28.
Allan afirmou: “Meu pai foi meu maior exemplo de integridade, leveza e amor pela vida. Ele possuía o raro dom de transformar momentos difíceis em algo mais suportável, com um sorriso ou uma palavra acolhedora.”
Após o Delegado-Geral, Ulisses Gabriel, tomar conhecimento do caso, solicitou um “relatório de inteligência da Diretoria de Inteligência (DINT/PCSC)” para que os fatos fossem devidamente apurados, com a máxima urgência.
A defesa de Cezar, ainda na CNN, declarou que apresentará requerimentos ao Ministério Público do estado contra a forma como o caso foi conduzido pela Polícia.
Sob a supervisão de AR.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.