Policial é condenado por corrupção e lavagem de dinheiro
Marcelo “Bombom”, que já estava preso preventivamente, foi condenado a 11 anos e 3 meses em regime fechado.

O promotor de justiça foi sentenciado a 11 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, pelos delitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão judicial, divulgada na terça-feira (2), é da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
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As investigações demonstraram que o investigador Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, mantinha contato com membros do PCC, em particular com Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que foi assassinado em 8 de novembro de 2024, vítima de emboscada no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O indivíduo, conhecido como Bombom, foi condenado a pagar R$ 724.874,68 em indenização por dano moral coletivo, após ser preso em flagrante durante a Operação Tacitus, sob denúncia do Gaeco.
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Polícia investiga outros suspeitos no crime.
O acusado, que já estava detido preventivamente, não poderá recorrer em liberdade e também perdeu o cargo que exercia na Polícia Civil.
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Investigações revelaram que, durante seu período como chefe dos investigadores do Cerco (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado) da 5ª Delegacia Seccional, Bombom recebia subornos de prostíbulos, casas de jogo e desmanches da Zona Leste de São Paulo, o que o levava a atrasar ou a deixar de executar suas tarefas.
O plano, denominado “recolha” ou “recolhe”, envolvia pagamentos periódicos para assegurar a manutenção das operações criminosas.
Na ocasião da apreensão, foram localizados mais de 700 mil reais em espécie, ocultos sob uma cama no imóvel de luxo do acusado, situado no bairro de Tatuapé.
Operação Tácito
Em 17 de dezembro de 2024, sete indivíduos, incluindo um delegado e três policiais civis, foram detidos na Operação Tacitus. A operação contou com o apoio de 130 policiais federais, da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público, e obteve cumprimento de oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá, Ubatuba e na capital.
A Secretaria de Segurança de São Paulo declarou em comunicado que a operação visava desmantelar uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).
O juiz Gritzbach inaugura audiência com relatos de vítimas.
A ação ocorreu no âmbito das investigações sobre a execução do delator Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos. O esquema criminoso envolvia manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a integrantes do PCC, além de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
Gritzbach denunciou todos os alvos da Operação Tacitus, devido ao seu envolvimento em casos de corrupção.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.