Quinze policiais militares foram presos na terça-feira (29) em decorrência da Operação Kleptonomos, conduzida pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa suspeita de envolvimento em extorsão, corrupção e tráfico de drogas nos bairros da Grande Messejana, em Fortaleza.

A operação foi realizada pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPCE em parceria com a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Coin) e com o apoio da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) e do Gaeco do Ministério Público de Alagoas.

Foram emitidos 34 mandados judiciais, totalizando 16 de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, em cidades do Ceará, incluindo Fortaleza, Itaitinga, Maracanaú e Russas, além de Maceió (AL).

As investigações iniciaram no final de 2022 após denúncias anônimas recebidas pela Promotoria de Justiça do Estado da Bahia (MPCE). Relatos apontavam que os policiais recebiam subornos de traficantes das comunidades Por do Sol e Residencial dos Escritores, nos bairros Paupina e Coaçu, para impedir ações policiais na região, possibilitando a comercialização de entorpecentes.

O Gaeco, com o andamento da apuração, ofereceu denúncia contra 16 policiais militares por organização criminosa, corrupção passiva, extorsão qualificada e colaboração com grupos envolvidos no tráfico de drogas. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo telefônico e o afastamento dos investigados de suas funções.

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O termo “kleptocratas”, que designa a prática, deriva do grego e significa “aquele que rouba a lei”, em referência ao emprego do cargo público para favorecer atividades ilegais.

A CNN solicitou esclarecimentos à Polícia Militar do Ceará em relação à abertura do processo administrativo, porém não recebeu resposta.

Fonte por: CNN Brasil