Polícia realiza operação que mira médica, empresário e executivo em Mato Grosso
Homem ferido por golpes de faca em março deste ano possuía um envolvimento amoroso com a investigada.

A Polícia Civil de Mato Grosso conduziu a “Operação Inimigo Íntimo” para apurar uma médica ginecologista, seu marido, empresário, e o autor do crime que ceifou a vida de Ivan Michel Bonotto, aos 35 anos.
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Três suspeitos apresentavam mandados de prisão e mandados de busca e apreensão que foram executados na terça-feira (15) em Sorriso (MT).
O indivíduo foi ferido por golpes de faca em uma loja de bebidas, na cidade de Sorriso, em 22 de março deste ano. Bonotto buscou atendimento no Hospital 13 de Maio após receber múltiplas perfurações.
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Posteriormente, o indivíduo demonstrou evolução clínica, porém faleceu em 13 de abril em decorrência de parada cardiorrespiratória.
O proprietário da distribuidora afirmou que o crime resultou de uma discussão, após o consumo de álcool, e que não tinha envolvimento com os demais participantes. O autor dos ferimentos também relatou ter agido em legítima defesa, e a polícia identificou que a situação teria motivação passional.
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Contudo, durante as investigações, verificou-se que o dono da distribuidora foi o autor do crime e sua esposa também colaborou na sua execução. “Foram coletadas provas de que as versões apresentadas pelo casal eram falsas”, afirmou a autoridade responsável.
Investigações
O indivíduo ferido era, na realidade, um amigo do empresário e mantinha um relacionamento amoroso com a esposa dele, médica ginecologista da cidade. O executor dos crimes foi contratado pelo dono da distribuidora para eliminar Ivan, após descobrir as traições. Ele deveria simular uma discussão no local.
As imagens das câmeras de segurança comprovaram que o suspeito conduziu Ivan até o estabelecimento e ali o atacou com golpes nas costas, eliminando a hipótese de luta.
As autoridades relataram que o envolvimento da vítima com o casal era intenso, com “vários registros de cenas de intimidade com os autores do seu assassinato”. Ivan morava em Tapurah, porém, quando viajava para Sorriso, permanecia na residência do casal.
A polícia informou que foram decretados mandados, incluindo dois de prisão temporária e três de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, pela 1ª Vara Criminal de Sorriso, nos crimes de homicídio qualificado e fraude processual.
A médica excluiu conteúdos do celular
Após aproximadamente quatro minutos da chegada da vítima ao hospital, a investigada se dirigiu à unidade de saúde alegando ser amiga do paciente e obteve, em seguida, o roubo do celular. O intuito era apagar mensagens, fotografias e até mesmo um vídeo que ele havia gravado do autor dos golpes.
Após três dias utilizando o aparelho celular, a ginecologista informou à família de Ivan, alegando ter “apagado alguns arquivos com o objetivo de proteger a vítima”. A mulher é considerada mentora de uma fraude processual, por ter praticado atos com a intenção de ocultar informações à polícia, segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno França.
A polícia concluiu: “As investigações seguem em andamento para total esclarecimento dos fatos e a participação dos envolvidos”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.