Registraram-se seis casos entre segunda-feira (21) e terça-feira (22); o número de depredações excede 800 desde junho.
Dois indivíduos foram detidos sob suspeita de realizar assaltos a ônibus urbanos nas regiões Norte e Sul da cidade de São Paulo, na segunda-feira (21).
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A SPTrans informou que São Paulo teve registrados mais seis casos de depredação de ônibus entre segunda e terça-feira (22). Os incidentes ocorreram em diversas áreas da cidade.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um dos envolvidos foi encontrado na Avenida Domingo de Morais, na Vila Mariana. O incidente não resultou em vítimas.
O homem de 38 anos foi detido na Avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Brasilândia. Além de danificar o ônibus, agrediu o motorista e um passageiro.
Adicionalmente, na área dos Campos Elémenos, no Centro, um homem foi encaminhado à delegacia por posse de objetos utilizados em ataques a ônibus. Ele foi autuado in situ pela GCM (Guarda Civil Metropolitana), declarou depoimento no 3º DP e recebeu alta.
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A Secretaria informou que, até o momento, 14 pessoas foram detidas pelos atos de vandalismo aos ônibus da capital. “As investigações estão sendo conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com o apoio de unidades regionais e da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER)”, afirmaram.
A SPTrans reafirma seu repúdio às práticas ilegais registradas nos sistemas de transporte. A partir de 12 de junho, as empresas operadoras informaram que 530 veículos do sistema municipal de transporte foram vandalizados. Esse número de veículos danificados, somado aos da rede intermunicipal sob a responsabilidade da Artesp, totaliza mais de 800.
A Polícia Civil investiga a série de ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo, ocorrida há cerca de um mês. As investigações indicam três hipóteses que buscam explicar os motivos por trás desses incidentes em veículos coletivos. Uma delas está relacionada a questões e desafios que surgem no ambiente digital, sendo impulsionada por redes sociais.
Outra linha de investigação é que se trata de uma ação coordenada do PCC, facção criminosa que domina o crime em São Paulo. Já a vertente mais considerada no momento pela Polícia Civil é de que os ataques são motivados por descontentamentos de funcionários e empresas de transporte público com a prefeitura de São Paulo e com a concorrência no setor.
A SPTrans determina que a empresa deve enviar o ônibus para manutenção e substituir o veículo para assegurar a continuidade do serviço prestado. Caso a substituição não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada, o que pode ser o objetivo dos ataques.
Na quinta-feira (10), a Polícia Militar iniciou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, que envolveu aproximadamente 7.800 policiais e 3.600 veículos em todo o estado, visando fortalecer a segurança de passageiros e profissionais do transporte público.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.