A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deteve um hacker de 26 anos, suspeito de ser a principal fonte de dados comprometidos de sistemas governamentais e de segurança, incluindo os da Polícia Federal. Ele é acusado de fornecer informações utilizadas em fraudes em todo o país, inclusive para o indivíduo que ameaçou o youtuber Felca em agosto.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A investigação revelou que o suspeito possuía acesso a bancos de dados altamente confidenciais, incluindo sistemas da Polícia Federal com informações de investigações, reconhecimento facial e controle de voos nacionais e internacionais. Ele alegava ter realizado o “dump” de 239 milhões de chaves Pix, extraídas de um arquivo de 460 GB proveniente do sistema do Poder Judiciário.
Segundo o delegado Eibert Moreira, as funções no esquema eram bem definidas:
LEIA TAMBÉM!
- Criminoso cibernético: encarregado de atacar sistemas do governo e obter informações individuais.
- Painelistas: adquirem dados de hackers e fornecem informações em grupos do Telegram, cobrando taxas mensais dos golpistas para acesso.
- Golpistas: adquirem dos painelistas o acesso às informações das futuras vítimas de diversos golpes.
O hacker detido também prestou informações a criminosos sob investigação em fases anteriores da mesma operação e em outras ofensas contra o cibercrime. Dentre eles, o hacker conhecido como “Lammer, F4llen ou Lucifage”, preso em agosto em São Paulo, suspeito de liderar um grupo que, além de ameaçar o youtuber Felca, compartilhava arquivos de pedofilia e propagava a ideologia nazista.
A operação, na terceira fase da Operação Medici Umbra, denominada “A Fonte”, resultou na execução de três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Mais de 50 policiais estiveram envolvidos na ação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os dados eram comercializados para intermediários, que operavam plataformas ilegais e forneciam suporte a golpistas em vários estados. Em São Paulo, um dos envolvidos aplicava as fraudes diretamente, enquanto no Rio Grande do Norte, outro alvo criou um sistema de “puxadas” em grupos de WhatsApp.
Fonte por: CNN Brasil