Polícia investiga intoxicação por metanol após gin importado matar duas pessoas em SP
Paulista: Adulteração de bebida causa mortes na região da Cidade Dutra e preocupa autoridades
Intoxicação por Metanol: Casos em São Paulo Investigados
A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso envolvendo quatro jovens que necessitaram de internação após o consumo de duas garrafas de gin importado misturado com energético. O incidente ocorreu no início do mês, quando o grupo adquiriu as bebidas em uma adega na região da Cidade Dutra, zona Sul da capital.
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Inicialmente, duas pessoas faleceram após a ingestão de uma bebida adulterada com metanol, conforme dados da Secretaria de Saúde do estado. Adicionalmente, 10 outros casos, todos na capital, estão sob investigação, suspeitos de intoxicação decorrente do consumo de bebida contaminada.
O problema, que se repete em diversas ocasiões globalmente, surge da interação da substância com as enzimas do fígado, podendo resultar em morte mesmo com pequenas doses.
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Primeiros Atos e Internações
Segundo o boletim de ocorrência, o grupo, composto por cinco jovens, se reuniu na residência de um deles. Decidiram ir à adega para comprar as bebidas, gelo de coco e energético. Após o consumo, os jovens retornaram para a residência e permaneceram no local até aproximadamente 3h da manhã.
Uma das familiares do dono da residência relatou que o jovem começou a apresentar mal-estar na manhã seguinte à confraternização, com sintomas como vômitos e dores abdominais. Inicialmente, ele acreditou que os sintomas eram de ressaca, devido ao consumo de álcool na noite anterior.
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Durante a madrugada, o jovem começou a gritar que estava cego, sendo levado a uma unidade de saúde, onde entrou em coma e foi colocado em ventilação mecânica. Posteriormente, foi transferido para outro hospital para realizar hemodiálise, onde permanece internado.
As garrafas compradas foram entregues à equipe médica do hospital e enviadas para análise, quando foi constatada a presença de metanol na bebida, substância compatível com o resultado do paciente internado.
Após a constatação da substância, os funcionários do hospital solicitaram que o restante do grupo, que também consumiu as bebidas, fosse à unidade de saúde. No local, além da primeira vítima, outros três jovens foram internados, exceto um, que não apresentou sintomas e, portanto, não necessitou de hospitalização.
Relato da Família
A mãe de uma das jovens que também precisou ser internada afirmou que, após a confraternização, a vítima voltou para casa e começou a apresentar tontura, enjôo e visão turva. Inicialmente, ela também acreditou que os sintomas eram de ressaca.
Uma das jovens presente quando a bebida foi consumida relatou que a primeira vítima que passou mal teria bebido mais gin do que o restante do grupo. Além disso, o jovem teria ingerido o líquido puro, enquanto os demais tomaram a bebida diluída com energético e gelo.
Investigação e Apreensão
As garrafas de gin e os copos utilizados para consumir a bebida foram apreendidos pela polícia. O responsável pela adega apontou que o primeiro jovem internado é “frequentador assíduo do empório” e, no momento da compra, já apresentava sinais de embriaguez.
O dono do estabelecimento destacou que as bebidas vendidas possuem nota fiscal. As garrafas de gin à venda na adega foram apreendidas para perícia e identificação da adulteração.
O Que é Metanol?
De acordo com a Sociedade Química Americana, o metanol é um solvente utilizado como combustível e matéria-prima para a fabricação de produtos químicos. Ele é líquido, inflamável e incolor, com alto potencial de intoxicação. A dose mínima letal é de cerca de 80 gramas, em pacientes não tratados, podendo causar cegueira, acidose metabólica, depressão do sistema nervoso central, sonolência, confusão, convulsões, coma e morte.
Os sintomas de intoxicação incluem cegueira, acidose metabólica, depressão do sistema nervoso central, sonolência, confusão, convulsões, coma e pode levar à morte.
O consumo de álcool em qualquer quantidade aumenta o risco de demência, segundo um estudo.
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.












