Polícia investiga ataques a ônibus em São Paulo
Ações de empresas ou funcionários envolvidos em contratos com a prefeitura são consideradas mais relevantes.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo apura a série de ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo, ocorrida há cerca de um mês. Até segunda-feira (14), foram registrados 421 ônibus depredados na cidade de São Paulo – 47 deles somente no domingo (13), o dia mais violento desde junho, conforme dados da SMT (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte).
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Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), contabilizaram-se 249 ataques nas linhas intermunicipais até a última sexta-feira (11). O total de ocorrências ascende a 670 casos em um mês, em todo o estado.
A Polícia Civil identificou, até o momento, quatro boletins de ocorrência referentes aos ataques ocorridos no último fim de semana, conforme a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
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Desde o início da investigação, cinco homens foram presos por envolvimento nos ataques e um adolescente foi detido. Um dos suspeitos foi preso em 6 de julho, acusado de arremessar uma pedra contra um ônibus na Avenida Washington Luiz, em 27 de junho, causando ferimentos a uma passageira.
As investigações indicam três linhas principais para explicar os ataques aos coletivos:
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A polícia não descarta que a onda de ataques esteja ligada a desafios que surgem no ambiente digital e sejam motivados por redes sociais.
Entre os indivíduos apreendidos em decorrência de depredações, há um adolescente. As investigações ocorrem com o apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), que monitora plataformas digitais em razão da suspeita de articulação dos crimes pela internet.
Outra linha de investigação é que se trata de uma ação coordenada do PCC, facção criminosa que domina o crime em São Paulo. Já a vertente mais considerada no momento pela Polícia Civil é de que os ataques são motivados por descontentamentos de funcionários e empresas de transporte público com a prefeitura de São Paulo e com a concorrência no setor.
A SPTrans ressalta, em nota, que as concessionárias devem comunicar prontamente à Central de Operações e formalizar as ocorrências às autoridades policiais. “A empresa está obrigada a encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por outro da reserva técnica, que realizará a próxima viagem programada, garantindo a continuidade do serviço prestado aos passageiros”, afirma.
Se a substituição não for efetivada, a empresa é penalizada pela viagem não realizada, o que pode ser a motivação dos ataques coordenados. Um relatório da Polícia Civil aponta que três empresas concentram a maior parte dos ataques a ônibus registrados na cidade de São Paulo desde o início de junho: Mobibrasil, Transppass e Viação Grajau.
A Prefeitura estabeleceu um prazo final para a formação de um grupo de trabalho, envolvendo a SPTrans e empresas interessadas, com o objetivo de definir os aspectos administrativos e operacionais para a substituição da Transwolff, que está sob investigação por suposta ligação com o PCC.
Os eventos ocorreram de maneira dispersa por toda a cidade, contudo, concentrando-se nessas empresas, apresentam maior incidência na cidade. A maior parte dos casos aconteceu nas zonas Sul, Sudeste e Oeste da capital, onde operam principalmente as empresas mais afetadas.
Na quinta-feira passada (10), a Polícia Militar iniciou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, que envolveu aproximadamente 7.800 policiais e 3.600 veículos em todo o estado, visando fortalecer a segurança de passageiros e trabalhadores do transporte público.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.