Polícia Federal Desmantela Grupo de Hackers que Desviou R$ 813 Milhões
Polícia Federal desmantela grupo de hackers que desviou R$ 813 milhões. Operação com mandados no Brasil e na Espanha. Investigação apura ataque a bancos.
Operação da Polícia Federal Desmantela Grupo de Hackers
Na quinta-feira, 30 de outubro de 2025, a Polícia Federal realizou uma operação contra um grupo de hackers responsável pelo desvio de R$ 813 milhões provenientes de contas utilizadas por bancos e instituições de pagamento. O ataque, que ocorreu em julho, impactou contas de reserva mantidas pelo Banco Central.
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A operação envolve o cumprimento de 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em diversos estados brasileiros, incluindo Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia e o Distrito Federal.
Cooperação Internacional no Combate ao Crime Cibernético
A operação conta com apoio da Interpol, com mandados de prisão e busca e apreensão sendo executados também na Espanha, Argentina e Portugal, em colaboração com autoridades locais. Essa cooperação internacional é fundamental para rastrear e prender os responsáveis pelo crime cibernético.
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Medidas Judiciais e Recuperação de Ativos
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 640 milhões em bens dos investigados, com o objetivo de tentar recuperar parte dos valores desviados. Os suspeitos são acusados de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica.
A investigação busca identificar e apreender todos os recursos obtidos ilegalmente.
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Detalhes do Ataque e Investigação
A investigação revelou que os criminosos invadiram sistemas da C&M Software, empresa que oferece serviços de tecnologia para instituições financeiras, e reportaram o incidente ao Banco Central. A invasão permitiu o acesso indevido às contas de reserva de pelo menos seis bancos e instituições de pagamento conectadas à companhia.
Segundo a C&M Software, os hackers utilizaram credenciais e senhas fornecidas por clientes para acessar fraudulentamente os sistemas.
Com isso, os criminosos conseguiram movimentar recursos das contas utilizadas para transferências via Pix. Essas contas funcionam como contas correntes das instituições financeiras, sendo utilizadas para processar movimentações, assegurar obrigações e participar de operações com o Banco Central, como empréstimos de liquidez, aplicações em títulos públicos e depósitos compulsórios.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












