Polícia Federal desmantela esquema de fraudes bilionárias do INSS com três núcleos organizados
Polícia Federal desmantela esquema de fraudes bilionárias no INSS, envolvendo Carlos Roberto Ferreira Lopes e Euclydes Pettersen. Prisões e investigações em andamento!
Divisão de Núcleos em Esquema de Fraudes do INSS
A Polícia Federal (PF) organizou o esquema de fraudes bilionárias envolvendo descontos em contracheques de aposentados e pensionistas do INSS, ligado à Conafer, em três núcleos: “político”, “financeiro” e “de comando”. A investigação classifica a entidade como uma organização criminosa com uma estrutura hierárquica bem definida.
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O núcleo de comando é liderado por Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da confederação, que teria a responsabilidade de orientar as fraudes e articular politicamente, conforme apontado pela PF. O núcleo financeiro, coordenado por Cícero Marcelino de Souza Santos, seria responsável pela lavagem e movimentação dos recursos desviados através de empresas de fachada.
Núcleo Político e Apoio
O núcleo político e de apoio é composto por parlamentares, incluindo o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e seu assessor André Luiz Martins Dias. Eles teriam a função de garantir a manutenção do acordo de cooperação técnica com o INSS e proteger o grupo de investigações externas, segundo a PF.
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O deputado Pettersen é mencionado nas planilhas apreendidas pela PF como “Herói E” e, segundo a investigação, recebia pagamentos mensais fixos por meio das empresas de Cícero Marcelino e seu assessor. O inquérito afirma que esses pagamentos visavam assegurar proteção política à entidade e impedir fiscalizações.
Desdobramentos da Investigação
No dia 13, a PF prendeu preventivamente o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que havia sido afastado do cargo em abril. Além dele, dois ex-integrantes da antiga cúpula do INSS, André Felix Fidelis e Virgílio Oliveira Filho, também foram detidos.
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Fidelis, que era diretor de Benefícios, e Oliveira Filho, procurador-geral do INSS, estariam supostamente envolvidos no esquema. A PF também tomou medidas contra o ex-ministro José Carlos Oliveira, que ocupou o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro, e ele agora utiliza tornozeleira eletrônica.
Fase Anterior da Operação
Na fase anterior da operação, a PF focou no “núcleo financeiro” e prendeu Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O empresário Maurício Camisotti também teve sua prisão decretada. O advogado Nelson Wilians foi alvo de buscas em Brasília e São Paulo.
Posições dos Envolvidos
A Conafer reafirmou a presunção de inocência dos citados, destacando o direito à defesa e à preservação da honra até que haja uma decisão judicial definitiva. Euclydes Pettersen negou qualquer vínculo com o INSS e a Conafer, afirmando não ter relação ilícita com a entidade.
Alessandro Stefanutto declarou que sua prisão é ilegal, pois ele colaborou com a investigação desde o início. A CNN continua tentando contato com as defesas dos demais envolvidos. O espaço permanece aberto para manifestações.
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












