Polícia Federal captura José Oswaldo Dell’Agnolo, ex-chefe do Futuree Bank, em operação na Praia de Itapema. Suspeito de fraudes com R$ 1 bilhão, ele era conhecido como “Lobo da Batel”. Prisão preventiva e inclusão na Difusão Vermelha da Interpol
Após oito meses de intensa investigação, a Polícia Federal finalmente localizou José Oswaldo Dell’Agnolo, de 38 anos, que estava foragido desde junho de 2024. A captura ocorreu na noite de sábado (6/12) em um hotel de luxo na Praia de Itapema, em Santa Catarina.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ação representa o encerramento de uma perseguição internacional a um dos principais operadores financeiros envolvidos em um esquema de fraudes complexo.
Dell’Agnolo é suspeito de comandar um esquema que envolveu a movimentação de pelo menos R$ 1 bilhão. No momento da prisão, ele foi encontrado com uma grande quantia em dinheiro, incluindo mais de R$ 5 milhões em espécie, além de bens de alto valor, como relógios de luxo, diversos aparelhos eletrônicos e chaves de veículos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ele estava hospedado no Blue Sea Hotel.
Antes de sua fuga, Dell’Agnolo era conhecido como “Lobo da Batel” devido ao seu estilo de vida extravagante em Curitiba. Carros importados, viagens frequentes e vídeos motivacionais contribuíam para a imagem de um gestor bem-sucedido, atraindo investidores para seus negócios.
Por trás dessa fachada de prosperidade, operava uma rede clandestina que incluía o Futuree Bank, um banco paralelo sem autorização do Banco Central, e o escritório The Boss, que oferecia contratos com retornos mensais de até 3%, um valor significativamente superior à média do mercado.
Milhares de pessoas investiram no negócio, muitas delas comprometendo suas economias. As perdas variam de R$ 20 mil a R$ 3 milhões. Em Piraju (SP), a cidade natal de Dell’Agnolo, estima-se um prejuízo de R$ 50 milhões, com potencial para impactar a economia local.
Após o desaparecimento de Dell’Agnolo e o colapso das fraudes, a Polícia Federal descobriu que ele transferiu R$ 10 milhões para proteger seu patrimônio antes de fugir. A gravidade do caso resultou na prisão preventiva de Dell’Agnolo e na inclusão de seu nome na Difusão Vermelha da Interpol.
A prisão de Dell’Agnolo ocorreu após a deflagração da Operação Mors Futuri, que visa desmantelar o banco fantasma do foragido. A operação resultou na busca e apreensão de bens e valores que podem chegar a R$ 66 milhões, além do sequestro de imóveis e veículos de luxo.
A investigação aponta para a utilização de contratos falsamente vinculados a “algoritmos de inteligência artificial” e a movimentação de recursos através de empresas de fachada.
Além de Dell’Agnolo, outros nomes também foram identificados como ligados à operação financeira, incluindo João Víctor Kobayashi Sanchez e Eduardo Votroba, membros de uma tradicional família do ramo contábil, que também se declararam vítimas do esquema.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.