Polícia de São Paulo libera condutor de Porsche envolvido na morte de motoboy

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a soltura de Igor Ferreira Sauceda, que atropelou e causou a morte de Pedro Kaique Ventura Figueiredo em 29 de julho de 2024, na zona sul da capital paulista. As informações são da Folha de S.Paulo.

O condutor teve sua carteira de motorista suspensa, sendo proibido deixar o estado de São Paulo por mais de oito dias e também sair do país, além de ter que utilizar tornozeleira eletrônica.

O ocorrido aconteceu na av. Interlagos, na zona sul de São Paulo, quando Sauceda, conduzindo um Porsche amarelo, teve uma discussão com Figueiredo. De acordo com informações, o motociclista estava voltando do trabalho como entregador de comida e colidiu no retrovisor do automóvel, dando início ao desentendimento entre os dois.

O réu, Sauceda, argumenta que o acidente ocorreu ao tentar conversar com Figueiredo acerca dos prejuízos sofridos pelo automóvel. A família do motociclista e registros de câmeras de segurança indicam que a colisão foi intencional, com o Porsche atingindo a moto em alta velocidade.

Na decisão de sexta-feira (30.mai), a juíza Isabel Begalli Rodriguez, da 3ª Vara do Júri, declarou que não restaram provas de que o motorista havia sido ameaçador. O inquérito instaurado para apurar as ameaças foi encerrado.

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Nenhuma das testemunhas ouvidas em Juízo declarou ter sido intimidada ou ameaçada pelo réu ou por pessoas de seu convivo, e não há notícia de que tenha tentado ocultar provas ou deixado de colaborar com a instrução processual. Pelo contrário, ao que se apurou até o momento, permaneceu no local dos fatos, apresentou sua versão à Autoridade Policial e não buscou prejudicar as investigações.

A juíza declarou que Sauceda estava detido por 10 meses e que, até então, sua defesa não obteve acesso ao automóvel da vítima para a perícia requerida, devido à lentidão do Estado em autorizar o acesso aos veículos envolvidos.

A juíza também declarou que a motocicleta de Figueiredo foi entregue à família sem ordem judicial.

Fonte por: Poder 360