Polícia considera ataque hacker como o ataque cibernético mais grave do Brasil
Assaltantes efetuararam movimentações financeiras por aproximadamente três horas.

A Polícia Civil de São Paulo avalia o ataque hacker que causou o desvio de valores milionários de instituições financeiras, ocorrido nesta semana, como o maior golpe cibernético contra instituições financeiras no Brasil.
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Delegados participando da investigação que levou à prisão do profissional de TI João Nazareno Roque, de 48 anos, forneceram informações sobre o caso em entrevista à imprensa, na sexta-feira (4).
O chefe da Polícia Civil, Arthur Dian, informou que o roubo qualificado por fraude e abuso de confiança, com base no valor em dinheiro envolvido, é o maior já registrado no Brasil.
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A investigação que conduzimos com a Polícia Federal, juntamente com as demais polícias civis, aponta para o maior golpe experimentado pelas instituições financeiras brasileiras, ocorrido através da internet. Trata-se da maior operação de tal natureza.
As investigações indicam que João, empregado da empresa C&M Software, disponibilizou credenciais de acesso para que criminosos efetuassem transferências eletrônicas em grande escala, totalizando R$ 541 milhões, para outras instituições financeiras.
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A C&M supervisiona transações por meio do PIX entre a empresa vítima BMP e o Banco Central. De acordo com as investigações, o ataque teve início às 4h da manhã da última segunda-feira (30).
Qual é o suspeito preso por envolvimento em ataque hacker de grande valor.
Utilizando o acesso do colaborador da C&M para evitar suspeitas, os criminosos efetuaram as transferências das contas da BMP durante três horas. Uma terceira instituição financeira, cuja identificação não foi confirmada, informou a BMP sobre as movimentações consideradas suspeitas, de acordo com a polícia.
O responsável financeiro da BNP foi notificado por volta das 4h30. Um colega de outra instituição relatou que havia movimentações incomuns, com dinheiro proveniente da BNP sendo transferido de forma atípica. Ele investigou o caso, indo até a sede da empresa, e identificou diversas irregularidades. A transferência foi concluída até as 7h, e a partir desse horário, o fluxo de dinheiro cessou. Então, eles realizaram reuniões para determinar o volume, a dinâmica e a natureza da fraude. Renan Topan, delegado do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), afirmou que eles perceberam que foram vítimas de fraude.
Adicionalmente à prisão de João Nazareno Roque, a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber os valores desviados.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.