Polícia Comunitária extorsiona moradores da favela do Moinho, aponta MP
Investigações apontam que grupo recebia valores de famílias que celebraram acordos com o CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

A ordem judicial que permitiu a “Operação Sharpe”, conduzida pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) por meio do GAECO, na manhã de segunda-feira (8), especificou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) estaria exigindo subornos de moradores da Favela do Moinho, no Centro de São Paulo, em um esquema relacionado à requalificação da região e parcerias com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Quem são os presos na operação contra o PCC na Favela do Moinho, em SP.
De acordo com investigações e denúncias do MPSP, Alessandra Moja Cunha, identificada como presidente da “Associação de Moradores da Favela do Moinho”, seria a principal responsável por essa prática.
Leia também:

Aeropuerto de Guarulhos reporta 23 incidentes de violencia en seis meses

Após um mês de monitoramento com câmeras em motocicletas, apenas duas pessoas foram flagradas em situação de abordagem em SP

Conselho de Justiça do Tribunal de Contas de SP suspende processo seletivo para Escola Cívico-Militar
Líder da Favela do Moinho já foi presa por homicídio; Ministério Público investiga ligação com o PCC.
A decisão judicial indicava que ela, supostamente, cobrava valores de famílias que haviam celebrado acordos com a CDHU, apenas após autorizar o cadastro e a assinatura dos documentos mediante o pagamento da quantia exigida.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Outros membros importantes no processo de cobrança seriam José Carlos da Silva, conhecido como “Carlinhos”, que assumiu a liderança do tráfego após “Leo do Moinho”, e os responsáveis pela disciplina, Ronaldo Batista de Almeida e Reginaldo Terto da Silva.
A suposta esposa de Leonardo, Leandra Maria de Lima, estaria também envolvida na extorsão às famílias cadastradas na CDHU, em conjunto com Ronaldo e Reginaldo. Ademario Goes dos Santos, subordinado de Ronaldo e Reginaldo, também participava da cobrança de propina.
A Operação Sharpe, sequência da Operação Salus et Dignitas, teve como objetivo desmantelar o grupo que buscava se reorganizar e intimidava moradores e funcionários públicos envolvidos na requalificação da favela do Moinho.
A CNN busca contato com a defesa dos mencionados.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.