Polícia Civil executa operação contra o comércio ilegal de animais selvagens no RJ
A operação, conforme apurado, representa a maior ação na história do Brasil contra o crime; mais de mil agentes executam 40 mandados de prisão e 270 de …

A Polícia Civil do Rio de Janeiro conduz, nesta terça-feira (16), uma operação de grande proporção para combater o tráfico de animais selvagens. A denominada “Operação São Francisco” é a maior da história nacional e conta com a atuação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e a participação de mais de mil policiais civis em vários estados.
Resultado de uma investigação de um ano, a operação evidenciou a atuação da maior organização criminosa do Rio de Janeiro no tráfico de animais, com ramificações em São Paulo e Minas Gerais. São cumpridos mais de 40 mandados de prisão e 270 de busca e apreensão na capital fluminense, Região Metropolitana, Baixada Fluminense, Região Serrana, Região dos Lagos, além de outros estados.
A operação envolve o apoio de diversos setores da Polícia Civil, da Coordenação de Recursos Especiais (Core), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do Ministério Público. Além disso, colaboram o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Ibama.
Leia também:

A TH Jóias figura entre os alvos da operação de combate ao tráfico de animais silvestres

Artista de circo cai durante apresentação no RJ

Operações policiais resultaram em duas mortes de suspeitos no RJ
Investigações apontam que 145 indivíduos foram identificados como membros do esquema. O grupo atuava há décadas no tráfico de animais selvagens, sendo o principal fornecedor para feiras ilegais. A organização operava de forma armada e organizada, com setores distintos para a caça, transporte e venda dos animais.
Identificaram-se diversos núcleos, incluindo um dedicado à caça, que removia animais de seus ambientes naturais, abrangendo áreas de proteção como o Parque Nacional da Tijuca. Um outro núcleo se especializava no tráfico de primatas, administrando a dopagem de macacos antes da sua venda. Existiam também setores focados na falsificação de documentos e anilhas para ocultar a origem dos animais, além de um núcleo de armas que fornecia armamentos e munições ao grupo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O inquérito indica que os traficantes mantinham vínculos estreitos com facções criminosas, assegurando a venda de animais em feiras ilegais conduzidas em áreas controladas pelo tráfico de drogas.
Para dar suporte à operação, foi estabelecida uma base na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, onde os animais apreendidos receberão atendimento veterinário de profissionais voluntários e avaliação de peritos criminais antes de serem encaminhados a centros de triagem e devolução à natureza.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.