Polícia Civil do Rio Grande do Sul realiza operação contra fraudes eletrônicas em larga escala

Polícia Civil do Rio Grande do Sul realiza operação “Plano de Contingência” contra fraudes eletrônicas, desarticulando grupo que enganava vítimas com deepfakes.

12/11/2025 9:11

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Operação da Polícia Civil no Rio Grande do Sul Combate Fraudes Eletrônicas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), uma operação contra um grupo criminoso que se especializou em fraudes eletrônicas em larga escala, utilizando páginas falsas do Governo Federal. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens em Minas Gerais e São Paulo.

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Segundo a corporação, os suspeitos empregavam técnicas de engenharia social para aplicar golpes que afetaram vítimas em todo o Brasil. A fraude era realizada por meio de uma estrutura criminosa sofisticada, enganando milhares de pessoas com a promessa de uma falsa indenização governamental.

Estratégias de Engano e Uso de Deepfakes

O golpe iniciava com anúncios patrocinados nas redes sociais, provenientes de um sistema de tráfego pago. As propagandas prometiam indenizações de quase R$ 6 mil devido a um suposto vazamento de dados. Figuras públicas, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o jornalista William Bonner, eram manipuladas por meio de “deepfakes”, vídeos alterados com inteligência artificial, para dar credibilidade às fraudes.

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Esses vídeos eram exibidos em sites falsos que simulavam com precisão o portal oficial do Governo Federal. Após acessar a página, as vítimas eram informadas de que precisavam pagar uma pequena taxa para liberar o valor prometido. O pagamento era feito via PIX para um gateway de pagamentos controlado pelo grupo criminoso.

Movimentação Financeira e Identificação dos Suspeitos

Os valores recebidos pelo gateway eram transferidos para contas de um indivíduo em São Paulo. A investigação revelou que o grupo utilizava serviços de proxy e VPN para garantir o anonimato e dificultar o rastreamento. O operador técnico do esquema era um jovem de 25 anos, também de Conselheiro Lafaiete (MG).

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A apuração da polícia teve um avanço significativo ao descobrir o fluxo financeiro do golpe, permitindo rastrear o dinheiro desde o pagamento da vítima até a conta do “laranja” em São Paulo. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 1,3 milhão, com um foco especial em vítimas idosas, incluindo pessoas com mais de 80 anos, consideradas hipervulneráveis.

Operação “Plano de Contingência”

A operação realizada nesta manhã foi nomeada “Plano de Contingência”, em referência ao modelo de negócio dos principais investigados, que possuem empresas que vendem contas de anúncios e perfis de redes sociais “aquecidos” e verificados. Esses perfis são utilizados em fraudes, um serviço conhecido no meio cibercriminoso.

Cerca de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo participaram da ação, cujo objetivo é apreender dispositivos eletrônicos, veículos de luxo adquiridos com o dinheiro do crime e outros elementos de prova, além de bloquear valores para um futuro ressarcimento às vítimas.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.