Polícia apura ligações entre o PCC e clubes como Corinthians, São Paulo e outros dois
Denúncia apresentada à promotoria aponta para vínculos entre organização criminosa e gestores do Água Santa e Barbarense.

A Polícia Civil constatou vínculos entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e gestores dos clubes Corinthians , São Paulo Futebol Clube, União Barbarense e Água Santa.
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A informação foi apresentada em relatório encaminhado ao Ministério Público na segunda-feira (23.jun.2025) como consequência da investigação sobre o desvio de R$ 1,4 milhão do contrato entre o Corinthians e a empresa de apostas VaideBet.
A investigação documental aponta que, ao analisar o fluxo financeiro das irregularidades no contrato do Corinthians, os investigadores identificaram evidências de infiltração do crime organizado em outros clubes do futebol paulista.
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De acordo com levantamento do SBT News, o São Paulo FC surge em relatório devido a negociações de jogadores com as empresas de gestão esportiva UJ Football e Lion Soccer Sports, ambas sob investigação.
O União Barbarense, de Santa Bárbara d’Oeste, também realizou contratações de atletas com as mesmas empresas investigadas, enquanto o Água Santa, de Diadema, foi mencionado por supostos vínculos entre seus dirigentes e integrantes da facção criminosa.
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A investigação sobre o desvio de recursos no Corinthians levou ao indiciamento de cinco indivíduos por crimes de furto, associação criminosa e lavagem de dinheiro: o presidente afastado Augusto Melo, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, Yun Ki Lee, que coordenou o departamento jurídico entre janeiro e maio de 2024, e Alex Cassundé.
A Unidade de Inteligência da Polícia Civil produziu um diagrama que mapeia as relações entre criminosos e o clube alvinegro.
O documento aponta Danilo Lima de Oliveira, também conhecido como “Tripa”, Christiano Lino de Menezes e três indivíduos já assassinados em conflitos do crime organizado: Anselmo Santa Fausta (o “Cara Preta”), Rafael Maeda Pires (o “Japa do PCC”) e o denunciante Antonio Vinícius Gritzbach.
As investigações indicam que o dinheiro desviado do contrato do Corinthians foi direcionado para a conta da UJ Football, empresa supostamente controlada por “Tripa”, apontado como operador financeiro do PCC.
O relatório aponta Haroldo José Dantas da Silva, presidente do Conselho Fiscal após a eleição de Augusto Melo, também mantém vínculos com os investigados.
O documento aponta para uma estrutura secundária no Corinthians, com a nomeação de dois membros da torcida organizada Gaviões da Fiel para funções administrativas: Marcelo “Ninja” Sales, como chefe de gabinete da presidência, e Rodrigo Daher, conhecido como “Capetinha”, como diretor de tecnologia.
As investigações ocorreram majoritariamente durante o período em que Augusto Melo estava à frente do Corinthians, iniciado em janeiro de 2024. No entanto, as ligações suspeitas, conforme o relatório, tiveram início antes de sua eleição para a presidência do clube.
A polícia comunicou que mais dez inquéritos serão instaurados para aprofundar as investigações sobre os demais clubes mencionados no relatório. Não se sabe quais dirigentes específicos do São Paulo Futebol Clube estariam envolvidos nas negociações com o PCC.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.