Plataforma emprega inteligência artificial para o diagnóstico de transtornos mentais na atenção primária
Novo projeto do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental aprovado para implementação em programa de inovação do Ministério da Saúde.

O Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) lançou o projeto “e-Saúde Mental no SUS”, uma plataforma que inclui um aplicativo para celular e inteligência artificial (IA) para o diagnóstico e tratamento de transtornos mentais na atenção primária.
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O CISM é uma iniciativa conjunta do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Fapesp.
A intervenção competiu com outras propostas tecnológicas de saúde digital e foi selecionada pelo Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) do Ministério da Saúde. Serão investidos cerca de R$ 12 milhões.
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O PDIL visa promover a inovação tecnológica, estimular a economia regional e fortalecer a integração entre pesquisa, setor produtivo e governo, colaborando para acelerar o lançamento de novos medicamentos no país, com distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto “e-Saúde Mental no SUS” foi apresentado pelo Hospital das Clínicas da FM-USP e concebido pelo CISM, que também coordenará sua execução. Ele integrará o Módulo III, focado na ciência da implementação através do desenvolvimento de intervenções e transferência de tecnologia à sociedade. O responsável será o professor Paulo Rossi Menezes, diretor científico do CISM.
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A ferramenta agregará um conjunto de soluções para o diagnóstico, o suporte ao tratamento e o acompanhamento da saúde mental de pacientes do SUS. As intervenções serão baseadas em evidências científicas, com eficácia comprovada por rigorosos ensaios clínicos randomizados.
A plataforma visa também ampliar o conhecimento da população sobre saúde mental e diminuir o estigma, promovendo a adesão aos cuidados nessa área.
A plataforma e-Saúde Mental no SUS oferece, em um só lugar, três níveis de acesso: paciente, profissional da Atenção Primária e gestores do SUS. Desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas, que conta com estrutura produtiva voltada para inovação tecnológica, incluindo produtos digitais, criação de softwares e serviços correlatos, a plataforma é compatível com sistemas Android e iOS.
Como opera
Os usuários, ao acessarem o aplicativo, efetuam um “Check-in Digital”, que possibilita o cadastro e o acesso ao protocolo de tratamento. Uma das funcionalidades é a “Avaliação de Sintomas”, conduzida por meio de questionários digitais, cientificamente validados, para a identificação de casos de insônia, ansiedade e depressão, entre outros, com os resultados integrados ao prontuário eletrônico do paciente. Há, ainda, a função de “Identificação de Risco”, na qual o sistema detecta situações e emite alertas às equipes de saúde.
O e-Saúde Mental no SUS proporcionará aos usuários psicoeducação sobre transtornos mentais e técnicas autoaplicáveis de regulação emocional e ativação comportamental para a melhoria dos sintomas. A ferramenta será capaz de simplificar e otimizar o processo de diagnóstico pelos profissionais, resultando em um aumento das taxas de identificação precoce. Desta forma, diminuirá o intervalo entre a manifestação dos sintomas, o diagnóstico e o início do tratamento.
Adicionalmente, existirão algoritmos para guiar o profissional da atenção primária sobre o resultado das avaliações que os usuários serão submetidos, o diagnóstico provável e as condutas indicadas de acordo com o caso, que podem ser desde terapias farmacológicas ou não até a necessidade de encaminhamento para serviços especializados. O aplicativo também avalia o progresso clínico do paciente ao longo do tempo.
Já em relação ao uso para a gestão pública, o “e-Saúde Mental no SUS” possibilitará que as informações coletadas sejam disponibilizadas para a identificação de padrões, tendências e particularidades sobre saúde mental em diferentes regiões do país.
O desenvolvimento da nova plataforma demandará aproximadamente um ano e meio. A expertise tecnológica será transmitida aos profissionais do SUS por meio de treinamento para o uso eficaz e independente da ferramenta. Tal processo ocorrerá por meio de cursos de formação, manuais de operação e suporte técnico contínuo.
Com informações do CISM.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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