Planoalto adotará “soberania” como eixo central na comunicação sobre aumento de tarifas
O assunto será central em todas as discussões e manifestações sobre o tema, que se espalha nas redes. Leia no Poder360.

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empregará o termo “soberania” como um dos pilares de comunicação nas campanhas sobre a tarifa de 50% aplicada pelo ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) a produtos brasileiros.
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A análise do Planalto indica que, independentemente do termo específico utilizado, o conceito de soberania é fundamental ao abordar o tema. Lula publicou em sua conta no Instagram nesta quinta-feira (10.jul.2025) uma imagem em que se lê: “Brasil soberano”.
O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. A publicação acumula 689 mil curtidas e 58.200 comentários até as 16h30 desta 5ª feira (10.jul).
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O tema da soberania passou a ser empregado por setores governamentais, incluindo parlamentares e autoridades, nas plataformas digitais.
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Marcio Macedo, ministro da Secretaria Geral da Presidência, afirmou na quarta-feira (9.jul) que Trump tenta “invadir a soberania do Brasil” ao divulgar uma carta em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe no STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro do Supremo Flávio Dino declarou na mesma data que se sente honrado em fazer parte da Corte que “exerce com seriedade a função de proteger a soberania nacional”. O magistrado se manifestou por meio de uma publicação em seu perfil no Instagram.
<h2 Vira-latas.
A primeira-dama Janja da Silva tem empregado uma analogia com vira-latas ao abordar o assunto em outras comunicações.
Na quarta-feira (9 de jul), ela postou nos stories do seu perfil no Instagram uma foto de suas três cachorras, Resistência, Esperança e Paris, com a seguinte legenda: “Vira-latas que eu amo”.
Ao serem questionados por jornalistas sobre as tarifas de Trump durante a cerimônia em Brasília, mais cedo no mesmo dia, a primeira-dama declarou: “Ai, [inaudível] esses vira-latas”.
<h2 Compreenda os valores cobrados.
A partir de 1º de agosto, será aplicada de maneira abrangente e automática, sem distinção entre setores ou modalidades de mercadorias.
Isso eleva o custo dos produtos brasileiros no mercado norte-americano, podendo diminuir a competitividade de exportadores brasileiros.
A taxa é complementar às já existentes e foi definida de maneira isolada pelo governo dos EUA.
Os Estados Unidos iniciaram uma investigação formal contra o Brasil devido a práticas comerciais consideradas desleais, utilizando a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
Trump justificou na carta a elevação da tarifa, citando o tratamento concedido a Bolsonaro, afirmando que o respeitava “profundamente”.
O republicano complementou que o Brasil mantém uma relação comercial “injusta” com os EUA e acusou o governo Lula de impor barreiras tarifárias e não tarifárias que prejudicam as exportações norte-americanas.
Lula afirmou que o Brasil implementará a Lei de Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) em resposta à aplicação de tarifa sobre produtos brasileiros.
A declaração de Lula, divulgada em sua página no X, indicou que qualquer aumento de tarifas realizado de forma isolada será analisado à luz da Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica. A proposta já havia sido avaliada anteriormente, porém não fora formalmente apresentada pelo governo.
A lei foi aprovada pelo Congresso em abril após o Dia da Libertação, momento em que Trump anunciou, em 2 de abril, a imposição unilateral de tarifas a vários países do mundo. Nesse dia, o Brasil foi taxado em 10%, com algumas isenções. A nova tarifa, anunciada nesta quarta-feira, entrará em vigor em 1º de agosto.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.