Plano fiscal de Trump é submetido à votação final na Câmara dos Deputados

Após o dia de reuniões no Capitólio e na Casa Branca, o resultado da votação foi de 219 contra 213; o debate para a votação final está programado para a…

03/07/2025 5:31

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Plenário do Senado dos Estados Unidos em Washington
09/02/2021 TV do Senado dos EUA/Divulgação via Reuters
Plenário do Senado dos Estados Unidos em Washington 09/02/2021 T...

Os republicanos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos avançaram com o projeto de corte de impostos de Donald Trump, conhecido como “One Big Beautiful Bill”, para uma votação final de sim ou não nesta quinta-feira (3), demonstrando ter superado as divisões internas do partido.

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Após um dia de reuniões em portas fechadas no Capitólio e na Casa Branca, os legisladores superaram um último obstáculo necessário para iniciar o debate sobre o projeto em uma votação de 219 a 213, por volta das 4h30, no horário de Brasília. Os legisladores reabriram o debate para uma votação final, prevista para iniciar às 5h30.

A votação anterior permaneceu aberta por sete horas na quarta-feira (2), permitindo que Trump e o presidente da Câmara, Mike Johnson, persuadissem os resistentes a apoiar o projeto de lei assinado pelo presidente.

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Johnson manifestou otimismo na quarta-feira, afirmando que os legisladores tiveram um dia extenso e produtivo ao debater as questões. Após a votação, ele elogiou Trump por realizar ligações telefônicas aos opositores até as primeiras horas da quinta-feira.

“Não poderia haver um presidente mais engajado e envolvido”, declarou Johnson aos repórteres.

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Aprovado pelo Senado, o projeto legislativo, conforme avaliam especialistas de diferentes orientações políticas, aumentará a dívida nacional em US$ 3,4 trilhões ao longo da próxima década, em meio a um debate acalorado sobre os elevados custos do empreendimento e os US$ 900 milhões em reduções no programa de saúde Medicaid para indivíduos de baixa renda.

Oposição democrática

Os republicanos precisam de pelo menos 220 votos para aprovar o projeto final, com uma margem de no máximo três derrotas.

Os democratas se unem na oposição ao projeto, argumentando que suas isenções fiscais favorecem desproporcionalmente os ricos, ao mesmo tempo em que reduzem serviços essenciais para americanos de baixa e média renda.

A Comissão de Orçamento do Congresso, de forma independente, estimou que quase 12 milhões de pessoas podem perder o plano de saúde como resultado do projeto.

Este projeto de lei é catastrófico. Não é política, é punição, disse o deputado democrata Jim McGovern em debate no plenário da Câmara.

Os republicanos no Congresso têm enfrentado dificuldades para manter a unidade nos últimos anos, e também não se opuseram a Trump desde que ele retornou à Casa Branca em janeiro.

Qualquer alteração implementada pela Câmara demandaria uma nova votação no Senado, o que tornaria inviável o cumprimento do prazo de 4 de julho.

A legislação abrange a maioria das principais prioridades de Trump, incluindo cortes de impostos e a fiscalização da imigração.

O projeto de lei prorrogaria os descontos fiscais de Trump de 2017, reduziria programas de saúde e segurança alimentar, financiaria a repressão à imigração de Trump e eliminaria diversos incentivos para energia verde.

Também contempla um aumento de US$ 5 trilhões no limite da dívida do país, que os legisladores devem tratar nos próximos meses ou arcar com o risco de um calote devastador.

Os recortes no Medicaid geraram preocupações em alguns republicanos, o que motivou a alocação de mais recursos para hospitais rurais pelo Senado.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.