O governo dos Estados Unidos propôs um plano para o período pós-guerra na Faixa de Gaza, que inclui o deslocamento de toda a população do território palestino e sua administração por dez anos, com o objetivo de transformá-lo em um polo turístico e tecnológico.
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O documento de 38 páginas, com acesso do Washington Post no domingo, 31, estabelece a transferência voluntária dos cerca de 2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza para outros países ou áreas seguras dentro do território, durante o período de reconstrução. Os indivíduos que optarem por sair receberão 5 mil dólares, além de quatro anos de auxílio-aluguel e um ano de suprimentos alimentícios.
Proprietários de terras receberão “tokens digitais” para financiar uma nova vida em outro lugar, ou para serem trocados por um apartamento em uma das seis ou oito novas “cidades inteligentes impulsionadas por inteligência artificial” que serão construídas na Faixa de Gaza.
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O território seria administrado por dez anos pelo denominado Fundo para a Reconstrução, Aceleração e Transformação Econômica de Gaza (GREAT Trust), antes de ceder espaço a uma “entidade palestina reformada e desradicalizada”.
De acordo com o The Washington Post, o projeto foi elaborado por israelenses que lideram a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização privada com apoio de Israel e dos Estados Unidos, e que tem sido objeto de críticas.
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O governo dos Estados Unidos não deu retorno ao contato da Agência France-Presse.
Os Estados Unidos propuseram, em fevereiro, que assumissem o controle da Faixa de Gaza, visando transformá-la na “Riviera do Oriente Médio” após a saída de seus moradores, que seriam realocados para o Egito e a Jordânia.
Foi aplaudido pela direita israelense, o plano foi rejeitado pelos países árabes e pela maioria dos países ocidentais, e a ONU alertou para um “genocídio” na Faixa de Gaza.
Fonte por: Carta Capital