Plano Alto identifica chance de reação mais forte em oposição ao Congresso

Partidários defendem que o Executivo se posicione contra a expansão do número de parlamentares, em relação à Proposta de Emenda Constitucional 66 e ao p…

16/07/2025 17:39

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Plano Alto identifica chance de reação mais forte em oposição ao Congresso
(Imagem de reprodução da internet).

Com um aumento no apoio público, o governo Lula (PT) se prepara para novos confrontos com o Congresso Nacional. A situação, motivada por sua reação ao tarifário de Donald Trump contra o Brasil, levou aliados a quererem que o petista adote uma postura mais firme em temas considerados estratégicos, embora corra o risco de agravar ainda mais a já tênue relação com o Legislativo.

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O principal veto à proposta que eleva o número de deputados de 513 para 531. Apesar de proibir o aumento de gastos, o governo percebe risco de “efeito cascata” nos estados e câmaras municipais. Apoiadores consideram o veto essencial para demonstrar compromisso com o equilíbrio fiscal e também para indicar que o Executivo não apoia decisões que aumentem o custo da máquina pública.

Os ministros propuseram que o presidente renunciasse ao projeto, transferindo a responsabilidade para o senador Davi Alcolumbre (União-AP), sem vincular o governo à medida impopular. Apesar de cientes de que o veto poderá ser rejeitado pelo Congresso, assessores consideram que o ato será compreendido pela população.

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Outros dois pontos de conflito incluem a possível judicialização da PEC 66 (a nova regra de pagamento de precatórios) e do projeto sobre licenciamento ambiental. Apoiadores do governo consideram inconstitucionais os textos e o caminho natural, segundo fontes do Planalto, será a contestação no Supremo Tribunal Federal. Caso isso ocorra, o governo repetirá a estratégia utilizada no episódio recente do IOF, quando o decreto presidencial foi derrubado por deputados e senadores e, em resposta, a Advocacia-Geral da União acionou o STF.

Atualmente, o Planalto avalia as circunstâncias políticas para pressionar o Congresso. Uma pesquisa Quaest/Genial, divulgada nesta quarta-feira 16, revelou que a popularidade de Lula aumentou três pontos em relação a maio, passando de 40% para 43%. A desaprovação diminuiu de 57% para 53%. O avanço foi mais notável fora dos núcleos de apoio ao petista, sobretudo entre eleitores do Sudeste e indivíduos com ensino superior completo.

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O confronto com Trump, que aplicou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sofreu críticas de Lula, recebeu avaliação positiva da maioria dos entrevistados, inclusive entre eleitores de direita. No Palácio, a análise é que essa alteração na percepção representa uma chance de retomar a ação política sem enfrentar perdas imediatas na imagem do governo.

Fonte por: Carta Capital

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.