Plano Alto e Tarcísio competem para liderar negociações sobre tarifas

O Palácio do Planalto e o governo de São Paulo competem para liderar as negociações em relação à taxação de Donald Trump. As discussões visam encontrar soluções para diminuir os efeitos das tarifas em produtos brasileiros.

O diálogo com Tarcísio de Freitas (Republicanos) contará com a presença do encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, e 15 empresários paulistas. O encontro foi viabilizado pelo ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O governador de São Paulo busca demonstrar ações concretas sobre as taxas, após se envolver diretamente no episódio.

O governo federal estabeleceu, nesta segunda-feira (14), o Comitê Interministerial de Negociações, com a presidência do vice-presidente e ministro do Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin.

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O comitê inclui Rui Costa, da Casa Civil, Mauro Vieira, do Itamaraty, e Fernando Haddad, da Fazenda, e deve contar com o apoio de outros ministros, como Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, e Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação da Presidência.

Eles irão negociar com representantes da indústria e do agronegócio, notadamente os setores do aço, celulose, café e aviação. Os empresários envolvidos buscam apresentar soluções para a negociação entre Brasil e o governo Trump e analisar a situação das empresas em relação à tarifação.

De acordo com Lula, as reuniões devem prosseguir durante a semana para que se estabeleça uma estratégia coordenada sobre o assunto.

Se as tarifas forem implementadas, o governo também prepara uma estratégia de destinos alternativos aos produtos do agronegócio que o Brasil mais exporta aos Estados Unidos. Participando das discussões, o Ministério da Agricultura busca intensificar os esforços para abrir novos mercados aos produtos brasileiros.

As mercadorias listadas são: café, carne bovina, frutas, suco de laranja e peixes. Para o café, as principais alternativas são China e Austrália; para a carne, México, China e Tailândia. Nos casos de frutas, suco de laranja e peixes, as novas opções seriam Japão, Arábia Saudita e Reino Unido, respectivamente.

Além da agricultura, o setor aéreo também será afetado negativamente pelas tarifas, notadamente a Embraer – que exporta mais de US$ 2 bilhões para os Estados Unidos.

O Ministério de Portos e Aeroportos intensificou os esforços para reduzir as perdas da empresa. Contudo, o banco americano J.P. Morgan indicou que a política econômica de Donald Trump poderia derrubar as operações da Embraer em até 30%.

com informações de Danilo Moliterno, da CNN Brasil

Fonte por: CNN Brasil