Pixel 10 oferecerá recursos do Google para facilitar atividades no dispositivo móvel; compreenda

A nova funcionalidade emprega inteligência artificial para otimizar tarefas cotidianas e diminuir a necessidade de intercâmbio de mensagens entre aplica…

20/08/2025 17:21

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Pixel 10 oferecerá recursos do Google para facilitar atividades no dispositivo móvel; compreenda
(Imagem de reprodução da internet).

É provável que sejam necessários diversos aplicativos para organizar uma reunião de trabalho ou um encontro com amigos, como um aplicativo de mensagens, um de e-mail, uma ferramenta de navegação, como o Google Maps, e, possivelmente, um app de reservas, como o Resy ou o OpenTable.

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O Google busca diminuir a movimentação com uma ferramenta que estará nos celulares Pixel 10, apresentados nesta quarta-feira (20) e com lançamento previsto para 28 de agosto. A função, denominada Magic Cue, emprega inteligência artificial para avaliar suas ações no aparelho e propor a próxima atividade.

A proposta não é totalmente inédita, e a tecnologia ainda não é suficientemente avançada para lidar com tarefas muito complexas. Contudo, pode abrir caminho para transformações mais significativas em como os smartphones operam na era da inteligência artificial (IA) – um objetivo que a Apple e outros fabricantes de celulares também estão buscando. Ademais, pode oferecer ao Google uma nova maneira de distinguir os Pixels dos iPhones e dos Galaxy da Samsung, que lideram o mercado de smartphones tanto nos Estados Unidos quanto no restante do mundo.

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“Grande parte do que (os smartphones) fazem atualmente é auxiliar no armazenamento de informações para nós, mas depois cabe a nós lembrar onde encontrar um documento específico, um e-mail ou um compromisso que estamos procurando”, afirma Tyler Kugler, gerente de produto que lidera a equipe de IA do Pixel no Google, em uma coletiva antes do evento de quarta-feira. “E todo esse processo pode acabar sendo enganoso e desnecessariamente trabalhoso.”

O Magic Cue emprega o modelo de IA Gemini Nano, do Google, e o Tensor G5, chip dos novos celulares, para processar em tempo real as ações realizadas no dispositivo. Em seguida, fornece sugestões, como um botão para ligar diretamente a um restaurante a partir de uma conversa por mensagem de texto sobre reservas para o jantar. De acordo com o Google, o processamento ocorre localmente no aparelho, sem envio de dados para a nuvem, o que é considerado mais seguro, pois as informações não saem do celular.

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Um botão com o texto “Ligar para a United” surgiu logo abaixo de uma mensagem solicitando o contato com a companhia aérea e a alteração de um voo. O objetivo é acelerar o processo, removendo a necessidade de encontrar o número correto e facilitar a transição para o aplicativo de telefone. Durante a ligação, o Google também exibirá os detalhes do voo no aplicativo.

O Google apresentou o endereço de um restaurante ao receber uma mensagem solicitando informações sobre uma reserva. A empresa declara que o Magic Cue operará em situações específicas, como dividir a conta de um restaurante, adicionar eventos ao calendário ou visualizar a previsão do tempo para uma viagem, com mais funcionalidades sendo disponibilizadas ao longo do tempo.

Adicionalmente, a tecnologia será integrada ao Daily Hub, uma seção da interface do celular que apresenta compromissos futuros do calendário e playlists sugeridas. No Daily Hub, o Magic Cue exibirá informações como reservas ou lembretes de devolução de compras online.

O Google acredita que o recurso simplificará o uso de seus celulares, evitando que os usuários precisem alternar entre diversos aplicativos para realizar uma tarefa. Contudo, já existem indícios de que os próprios consumidores estão modificando seus hábitos: proprietários de smartphones nos EUA estão utilizando menos aplicativos, conforme relatório da eMarketer de 2022. No entanto, o tempo gasto nos dispositivos aumentou, o que sugere que as pessoas concentram seu uso em um número menor de aplicativos.

Ainda assim, as grandes empresas de tecnologia consideram que é preciso simplificar as atividades sem depender de diversos aplicativos, e a nova funcionalidade do Google representa o exemplo mais recente dessa tendência.

A Apple, por exemplo, já oferece o Siri Suggestions, que recomenda ações com base nos hábitos do usuário, como sugerir quem adicionar a um convite do calendário ou a um e-mail, de acordo com atividades passadas. Contudo, segundo a demonstração do Google, o Magic Cue vai além: em vez de apenas sugerir, ele permite executar ações específicas — como ligar para uma companhia aérea ou restaurante — a partir da análise direta do conteúdo no celular. A Apple deve lançar no próximo ano uma nova versão da Siri capaz de executar tarefas dentro dos aplicativos, após adiar uma grande atualização de sua assistente virtual.

A Samsung também segue a mesma direção. Em janeiro, evidenciou como um dos pontos fortes do Galaxy S25 a utilização do assistente Gemini para executar ações entre aplicativos.

A transição para incorporar a IA como ferramenta principal na execução de tarefas lembra a época em que a internet existia antes dos dispositivos móveis, quando os usuários dependiam de um único aplicativo – o navegador – em vez de diversos aplicativos distintos, conforme afirma Carolina Milanesi, analista sênior da consultoria Creative Strategies.

Assim, em vez de se dirigir a um só local, passamos a frequentar diversos lugares. Contudo, parece que estamos retornando a esse único lugar – mas, evidentemente, um local muito mais robusto, que seria o seu assistente de IA favorito.

Ainda assim, o Google provavelmente necessitará de mais do que novos recursos de IA para ampliar sua presença no mercado de smartphones. Empresas de análise que monitoram remessas globais de celulares, como a IDC, a Counterpoint Research e a Canalys, sequer incluem o Google em seus relatórios, considerando a pequena participação da marca. Nabila Popal, diretora sênior da equipe de dados e análises da IDC, afirma à CNN por e-mail que os celulares Pixel representam apenas 1% do mercado global no segundo trimestre de 2025.

Empresas produtoras de telefones celulares têm buscado incorporar mais inteligência artificial em seus dispositivos nos últimos dois anos. Contudo, conforme aponta Josh Lowitz, analista da Consumer Intelligence Research Partners, que monitora padrões de consumo nos Estados Unidos, a principal razão para a troca de aparelhos é a urgência, como a falha da bateria ou a quebra da tela, e não o interesse em novas funcionalidades.

A empresa garante que os novos Pixels também apresentarão melhorias nesses aspectos fundamentais, incluindo bateria de maior autonomia, câmeras com recursos de enquadramento impulsionados por inteligência artificial e compatibilidade com acessórios como carregadores sem fio magnéticos, como o MagSafe, da Apple.

As funcionalidades de IA do Pixel 10 podem não impressionar instantaneamente os consumidores, porém, para Popal, representam um avanço em direção a uma transformação mais ampla no uso de dispositivos móveis.

“Eu também vejo um futuro sem aplicativos, no qual a IA será o sistema operacional central, e o usuário não precisará alternar entre apps para realizar tarefas”. Ainda vejo o smartphone como o dispositivo de computação principal para os consumidores usarem a IA, mas a forma como o utilizamos vai mudar.”

Google Pixel 10: tudo o que se sabe sobre o novo celular da Google

Fonte por: CNN Brasil

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