Pix Parcelado altera a forma de realizar pagamentos e questiona a gestão de empresas

Nova iniciativa visa diminuir despesas em comparação com o cartão de crédito, aliviar o orçamento do governo e demandar alterações na legislação tributá…

06/09/2025 17:03

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Pix Parcelado altera a forma de realizar pagamentos e questiona a gestão de empresas
(Imagem de reprodução da internet).

O mercado de meios de pagamento no Brasil passa por uma nova etapa com o lançamento do Pix Parcelado. A funcionalidade possibilitará que consumidores paguem compras em parcelas, similar ao cartão de crédito, porém com diferenças significativas que podem influenciar o fluxo financeiro das empresas e o planejamento tributário.

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De acordo com especialistas da Bravo, empresa de automação e gestão fiscal, financeira e contábil para grandes varejistas, o formato amplia possibilidades de pagamento e pode diminuir custos, porém exige atenção. “O Pix Parcelado pode ser uma alternativa estratégica, mas é preciso compreender seus impactos tributários e operacionais antes de implementá-lo”, afirma Stânia Moraes, membro suplente do Conselho Fiscal da B3.

Como opera

Nas vendas parceladas do modelo convencional, as opções são limitadas ao cartão de crédito, com taxas de MDR elevadas e repasses que podem levar até 30 dias. Com o Pix Parcelado, essa dinâmica é distinta. O cliente realiza o pedido de parcelamento pelo aplicativo bancário, e a instituição financeira efetua a transferência do valor total ao vendedor no momento da compra.

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Para o cliente, o débito se transforma em uma dívida com o banco, paga em parcelas com juros e incidência de IOF, como um financiamento. Para o lojista, desaparece a necessidade de caixas eletrônicos e empresas operadoras, visto que os bancos competem entre si para apresentar condições mais vantajosas.

Impacto sobre o movimento financeiro.

A liquidez imediata se destaca como principal benefício. O pagamento na venda proporciona às empresas previsibilidade financeira e maior espaço para reinvestir em estoque e ações promocionais. Contudo, a Bravo ressalta que a administração deve ser cuidadosa. “Sem integração contábil e fiscal apropriada, podem ocorrer diferenças que impactam o planejamento tributário”, complementa Moraes.

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O vendedor deve registrar as vendas à prestação com Pix, especificando juros e encargos. Apesar de o Imposto sobre Operações Financeiras ser de responsabilidade do consumidor, ele faz parte do custo total da transação e afeta a decisão de compra.

O consumidor apresenta novas demandas e expectativas, influenciando as estratégias de mercado.

A maioria dos brasileiros prefere dividir o pagamento de suas compras, mesmo com a inclusão de juros, conforme dados de mercado. O Pix Parcelado se apresenta como uma opção mais acessível, já que não exige limite de cartão de crédito.

Para o comércio físico e online, essa modalidade pode aumentar a conversão e a fidelização. “O cliente sem limite disponível no cartão pode concluir a compra pelo Pix Parcelado. Isso diminui obstáculos e eleva as chances de venda”, avalia Stânia Moraes.

Fonte por: Carta Capital

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.