Pinguins-Africanos em Risco: Estudo Revela Queda de 95% na População em Apenas Oito Anos!

Pinguins-africanos enfrentam crise alarmante! Estudo revela queda de 95% na população devido à pesca e mudanças climáticas. Conheça os desafios e soluções!

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Pinguins-Africanos em Perigo: Um Estudo Revela Queda Dramática na População

Desde 2024, os pinguins-africanos (Spheniscus demersus), a única espécie dessa família que se reproduz no continente africano, estão classificados como “criticamente em perigo” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa é a categoria mais grave antes da extinção total da espécie na natureza.

Um novo estudo revela que uma combinação devastadora de mudanças ambientais e práticas de pesca humanas deixou dezenas de milhares de pinguins africanos adultos na costa da África do Sul sem alimento suficiente, resultando em uma redução populacional de cerca de 95% em apenas oito anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Impactos da Pesca e Mudanças Ambientais

Entre 2004 e 2011, aproximadamente 62 mil pinguins adultos nas ilhas de Dassen e Robben foram afetados pela falta de alimento. Embora a extinção total ainda não tenha ocorrido, a situação é considerada uma extinção funcional, onde o papel ecológico da espécie desaparece e a reprodução se torna inviável.

No caso do S. demersus, a extinção funcional se manifesta quando esses pinguins deixam de ser predadores significativos de peixes e não produzem guano suficiente para fertilizar os ecossistemas marinhos e terrestres das ilhas. Isso ocorre porque eles não conseguem formar grupos eficazes para cercar e caçar os cardumes.

LEIA TAMBÉM!

A Muda Catastrófica e Seus Efeitos

Durante a “muda catastrófica”, os pinguins ficam sem penas e incapazes de voar por 21 dias, o que os torna vulneráveis à fome. Se não entrarem nessa fase com reservas de gordura adequadas, podem não sobreviver até que suas novas penas cresçam.

Infelizmente, a biomassa total da sardinha (Sardinops sagax), principal alimento dos pinguins, caiu para menos de 25% do seu máximo histórico. Essa drástica redução coincide com o aumento das taxas de exploração pesqueira, que se mantiveram acima de 20% entre 2005 e 2010, alcançando um alarmante pico de 80% em 2006.

Ações para Recuperação da População

Em 2025, foram estabelecidas zonas de exclusão de pesca ao redor de seis colônias de pinguins. Os autores do estudo afirmam que a recuperação da população depende de condições climáticas que favoreçam a multiplicação das sardinhas.

Richard Sherley, coautor e biólogo da conservação da Universidade de Exeter, destaca a importância de estratégias de gestão pesqueira que limitem a captura de sardinhas quando os estoques caírem abaixo de 25% do pico histórico. Isso permitirá que mais pinguins adultos sobrevivam para se reproduzir.

Desde junho de 2000, após o desastre do petroleiro Treasure, diversas ações de conservação foram implementadas, incluindo fornecimento de ninhos artificiais e controle de predadores. As zonas de exclusão de pesca, garantidas judicialmente até pelo menos 2033, são vistas como uma esperança crucial para reverter a atual tendência de declínio populacional.

Os pesquisadores continuam a monitorar a reprodução, a condição dos filhotes e a sobrevivência da espécie, alertando que, sem alimento suficiente no mar, mesmo os maiores esforços de conservação em terra não serão suficientes para evitar a extinção do pinguim-africano.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.

Sair da versão mobile