O acidente com a queda de um helicóptero, que resultou na morte de um piloto e um copiloto na região do Pico do Jaraguá, norte de São Paulo, em agosto de 2022, foi motivado por uma combinação de causas humanas e condições meteorológicas. Essas informações foram apresentadas no início de setembro, em um relatório final do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
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O documento também indica que cocaína e medicamentos utilizados pelo piloto podem ter causado o acidente. O consumo dessas substâncias – que são proibidas durante a prática aeronáutica – pode ter afetado sua percepção e habilidade de tomada de decisão.
Os exames toxicológicos revelaram a presença de clonazepam e zolpidem, medicamentos empregados no tratamento da insônia e da ansiedade, juntamente com venlafaxina, um antidepressivo. A detecção de benzoilecgonina também foi constatada, o que indica o consumo prévio de substâncias.
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O relatório exclui falhas mecânicas e aponta que a queda se deve a decisões arriscadas, desorientação espacial e ausência de aderência aos procedimentos de voo.
De acordo com a Cenipa, o helicóptero apresentava bom estado de conservação, e durante o trajeto, houve contato com chuvas e baixos níveis de nuvens, o que comprometeu a visibilidade dos pilotos. Apesar dessas condições, a operação continuou. Os ocupantes perderam as referências externas e a aeronave colidiu na região das montanhas da Serra da Cantareira, em Caieiras.
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Ademais, o documento também aponta que a tripulação não apresentou plano de voo e que existiam apenas acordos informais dos próprios pilotos para a divisão da jornada de trabalho.
Queda
O incidente ocorreu aproximadamente às 18h40 na avenida Fernando Mendes de Almeida, no número 2000. Os bombeiros informaram que a queda ocorreu em área próxima a uma chácara e a uma torre de alta tensão.
Seis veículos da equipe foram direcionados ao local. Os dois pilotos não resistiram e sofreram lesões mortais.
A aeronave modelo Agusta A109E, com a marca PP-JMA, seguiria para o Heliponto Fazenda CF, em Minas Gerais, onde receberia mais um passageiro.
Fonte por: CNN Brasil
