Piloto relata o que declarou à polícia após o acidente do balão em Santa Catarina
Ele declarou ter tentado combater o fogo com o pé, que o extintor não operou e que instruiu os passageiros a saltarem do avião.

Elvis de Bem Crescínio, piloto do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC), afirmou que o extintor não funcionou no acidente que resultou em 8 mortos no sábado (21.jun.2025). Ele declarou, em depoimento à Polícia Civil de Santa Catarina, que identificou o início do incêndio em um dos cilindros de gás 2 minutos após o início do voo.
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Crescimento afirmou que, após identificar o início do fogo, tentou apagá-lo com os pés. Quando isso não surtiu efeito, ele relatou ter utilizado o extintor que estava no balão, porém, este não foi eficaz. As imagens foram obtidas pelo “Fantástico”, da TV Globo.
Ali, em aproximadamente dois minutos de voo, senti um cheiro de queimado no cesto e, ao olhar para baixo, a capa do tanque de gás apresentava o início de um incêndio. Comecei a tentar apagar o fogo com o pé e não consegui. Peguei o extintor de incêndio que estava no balão e retirei o lacre. Quando apertei o gatilho, nada saiu. Estava com os dedos completamente queimados.
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O piloto declarou que as condições de voo no sábado estavam adequadas. Menciona a presença de aproximadamente 50 outros balões no dia. O modelo empregado pela Sobrevoar Serviços Turísticos na viagem possuía capacidade para transportar até 1.950 kg. A empresa interrompeu suas operações por tempo indefinido após o incidente.
É um balão que levanta até 1.950 kg. Ele possui uma força tremenda. Compreendi que era possível decolar. Todos decolaram, haviam cerca de 45 a 50 balões [na região]. Havia 21 pessoas no balão, 13 sobreviveram.
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Elvis de Bem Crescínio afirmou possuir aproximadamente três anos e meio de experiência e dispor de mais de 700 horas de voo. O piloto estava credenciado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar balões livres.
O piloto executou uma manobra para que o balão reduzisse a altitude e se aproximasse do chão, instruindo os passageiros a saltarem do cesto. Ao policial, afirmou não ter mais comando e, junto com outras 12 pessoas, saltou do balão.
Quando o balão pousou no chão, eu falei para o pessoal pular. Eu já não tinha mais comando, eu pulei também e uma galera também pulou. O que aconteceu foi que o balão acabou decolando com essas pessoas que não conseguiram do cesto. Aí foi horrível, afirmou.
Com uma redução repentina no peso, o balão subiu rapidamente, ainda com 8 pessoas no cesto. Segundo as investigações, 4 pessoas pularam do cesto a uma altura de 150 metros. Outras 4, que permaneceram no cesto, morreram carbonizadas. A polícia informou que o incidente durou pouco mais de 4 minutos.
Elvis de Bem Crescência afirmou, em depoimento exibido, que permaneceu duas horas no local do acidente após a ocorrência. O piloto informou à polícia que foi ele quem acionou as autoridades, incluindo o Instituto Médico Legal, para cuidar dos corpos das vítimas.
De um grupo de sobreviventes, cinco foram atendidos em hospitais: três apresentavam dores musculares causadas pela saída do cesto e dois, queimaduras de segundo grau. Todos já receberam alta.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.